Ações da Petrobras despencam 20% após Bolsonaro trocar presidente da empresa

Da redação, com BandNews FM e Jornal da Band

Depois da mexida no comando da Petrobras por parte do Governo Bolsonaro, as ações da Companhia caíram 20% na bolsa de São Paulo, nesta segunda-feira (22).

Na última sexta-feira (19), antes mesmo do anúncio do presidente Jair Bolsonaro de indicar um general para a presidência, a queda foi de R$ 28 bilhões. A queda das ações hoje ultrapassou os 20%. A Petrobras é avaliada agora em R$ 282 bilhões, contra R$ 382 bilhões no fechamento da última quinta-feira.

Nesta terça, o conselho de administração da Petrobrás, que é controlado pelo governo, deve confirmar a indicação do general Luna e Silva para presidir a empresa. 

O mercado financeiro alerta para a insegurança nos negócios, já que indica que empresas com participação estatal podem sofrer mudanças não previstas em seu plano de gestão. 

Governo nega interferência

O general Joaquim Silva e Luna, que foi indicado para assumir o comando da empresa por Bolsonaro, diz que o presidente não fez recomendações sobre a política de preços dos combustíveis. “Pelo pouco que eu conheço ainda da atividade interna da Petrobrás, política de preço é competência da diretoria-executiva, ou seja, é uma vontade coletiva”, disse. 

O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores nesta segunda-feira (22) que a atual gestão atende “interesses próprios de alguns grupos” e disse que não vai interferir diretamente no cálculo dos reajustes da gasolina e do diesel, mas quer ter previsibilidade. Para ele, Castelo Branco não agia de maneira transparente. 

"Eu não consigo entender num prazo de duas semanas ter um reajuste no diesel em 15%. Não foi essa a avaliação do dólar lá fora, do dólar aqui dentro, nem do preço do barril lá fora. Então tem coisa aí que tem que ser explicada. Eu não peço não, exijo transparência de quem é subordinado meu. A Petrobras não é diferente disso aí", justificou. 

Bolsonaro ainda defendeu o general Silva e Luna dizendo que ele fez uma gestão eficiente em Itaipu e criticou o atual presidente da estatal. “O atual presidente da Petrobras está 11 meses em casa. Sem trabalhar, né? Trabalha de forma remota. Agora, o chefe tem que estar na frente, bem como os seus diretores, então isso para mim é inadmissível, afirmou”.

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