À Celac, Lula agradece apoio contra atos em Brasília e pede proteção a indígenas

Na Argentina, Lula participa de evento com líderes latinos e caribenhos em primeira agenda internacional neste terceiro mandato

Por Édrian Santos

À Celac, Lula agradece apoio contra atos em Brasília e pede proteção a indígenas
Lula discursa na Cúpula da Celac para líderes latinos e caribenhos
Reprodução

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), agradeceu o apoio dos países da região às instituições democráticas após os atos criminosos de 8 de janeiro. As atividades do evento aconteceram nesta terça-feira (24), em Buenos Aires, Argentina.

Lula cumpre compromissos da primeira agenda internacional dele neste mandato. Além de abordar os ataques contra o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente defendeu o combate à pobreza, desigualdade e fome e exaltou o retorno brasileiro à Celac.

“Quero aqui aproveitar para agradecer a todos e a cada um de vocês que se perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras ao longo desses últimos dias em repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. É importante ressaltar que somos uma região pacífica que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política”, disse Lula.

Proteção a indígenas

No contexto de crise de saúde e fome dos indígenas ianomâmis, Lula também defendeu a proteção dos povos originários. Em Roraima, a etnia sofre com o avanço do garimpo ilegal, contaminação dos mananciais e desnutrição. O governo estima que cerca de 570 crianças morreram nos últimos quatro anos.

“É preciso respeitar e proteger nossos povos originários. Até hoje, ameaçados e negligenciados. É preciso trabalhar para que a cor da pele deixe de definir o futuro dos nossos jovens”, continuou o presidente. “O Brasil volta a olhar para o futuro com a certeza de que estaremos associados aos nossos vizinhos, bilateralmente, no Mercosul, na Unasul e na Celac”, continuou.

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