
Resumo
- Ceará celebra o Dia da Carta Magna em 25 de março, feriado que homenageia a abolição da escravidão no estado, ocorrida em 1884;
- Manuel Sátiro de Oliveira Dias e Chico da Matilde, também conhecido como Dragão do Mar, foram figuras centrais no movimento abolicionista no Ceará;
- A Greve dos Jangadeiros em 1881 e a alforria de 116 escravizados em Redenção em 1883 são eventos que antecederam e influenciaram a abolição formal da escravidão no estado.
Este resumo foi gerado por inteligência artificial e cuidadosamente revisado por jornalistas antes de ser publicado.
O dia 25 de março é feriado para os cearenses. Na terça-feira (25), o estado celebra o Dia da Carta Magna, feriado estadual, com alterações em horários e folga para a maioria dos moradores do estado.
A data, celebrada desde 2011, é uma homenagem ao fato de que o Ceará foi o primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão no Brasil. O dia marca o momento em que a abolição foi oficializada pelo então presidente da província, Manuel Sátiro de Oliveira Dias, em 1884, quatro anos antes da Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888.
Sátiro de Oliveira Dias foi influenciado por diversos movimentos abolicionistas que surgiram em Fortaleza, capital do Ceará. Entre um dos grupos, estava Chico da Matilde, conhecido como Dragão do Mar, que encabeçou o movimento de coibir o transporte de escravizados vendidos para outras localidades.
A ação culminou na Greve dos Jangadeiros, em 1881, que acelerou o processo da abolição no estado e, em seguida, no país. A ação colaborou para o fortalecimento de grupos defensores do fim da escravidão e de abolicionistas da elite econômica e intelectual do estado, influenciando a política do Ceará.
Abolição no Ceará pode ter sido firmada antes de 25 de março de 1884
Apesar da celebração da Carta Magna ser no dia 25 de março, historiadores consideram que o início da abolição no estado ocorreu mais de um ano antes.
Em 1º de janeiro de 1883, na Vila do Acarape, hoje o município de Redenção, 116 escravizados foram alforriados em um ato feito em frente à Igreja Matriz. A cidade hoje é considerada a primeira a abolir a escravidão no país.