O primeiro dia do Enem, neste domingo (5), trouxe questões relacionados a pautas sociais, com destaque à mulher, tema da redação, além da desigualdade racial, diversidade cultural, direitos políticos. Para o professor Sérgio Paganim, diretor do curso Anglo, os assuntos abordados são “tradicionalíssimos” do exame.
“A gente viu uma série de textos sobre direitos humanos, cidadania, desigualdade de gênero, desigualdade racial, escravidão, duas questões sobre ditadura, preconceito, violência contra a mulher, o sentido da palavra ‘casamento’ no dicionário, direitos políticos das mulheres, taxa de fecundidade, mulheres trans no esporte, diversidade cultural, ecologia. Até a questão palestina apareceu”, disse o docente em entrevista ao BandNews TV.
O professor também destacou que a prova focou mais em texto em escrito do que naqueles não verbais, a exemplo das tirinhas e campanhas de publicidade. A intenção do exame, portanto, segundo Paganim, é avaliar a capacidade de leitura dos candidatos.
“No geral, foi uma prova clássica do Enem com um nível mediano de dificuldade. Havia muito texto, mas nos padrões do Enem. [...] É uma belíssima prova de leitura, como sempre o Enem tem feito provas de leitura”, avaliou o professor.
O Enem
O Enem é considerado a principal porta de entrada para instituições de ensino superior nacionais e em Portugal. As provas são aplicadas nas 27 unidades da federação, em dois domingos consecutivos (5 e 12 de novembro). O resultado é usado para ingresso nas instituições públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ou para bolsas em faculdades privadas, pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni).
O exame também é usado para acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Ministério da Educação (MEC). Este é o programa do governo que financia mensalidades em instituições privadas.