Imigrantes e refugiados vivem nas ruas de São Paulo após pandemia

Número de pessoas em situação de rua chega a 24 mil na metrópole paulista

Da Redação, com Jornal da Band

O imigrante colombiano Armando Carbarraro está em situação de rua Reprodução/Band
O imigrante colombiano Armando Carbarraro está em situação de rua
Reprodução/Band

Um dia, o viaduto virou o teto. O asfalto, o chão da antiga casa. Em pleno inverno brasileiro, a sorte subjetiva é de quem tem uma barraca para se proteger. Outros andam, andam e não sabem quando e onde vão parar. Já são mais de 24 mil pessoas em situação de rua em São Paulo.

E, em tempos de pandemia, esse número só cresce, inclusive por quem chegou no Brasil sonhando com tempos melhores. Uns saem de seus países porque escolheram: estes são os imigrantes. Já outros, saem porque precisam: estes são os refugiados. Mas, em comum, os estrangeiros vêm para cá em busca de uma vida melhor. Só que a pandemia pegou de surpresa a todos.

No café da manhã distribuído na Paróquia de São Miguel Arcanjo, na região da Mooca, a fila por quem busca ajuda e alimentos agora conta com famílias estrangeiras. Com o comércio fechado, a maioria perdeu o emprego, como a costureira Joana Calderón. Boliviana, ela e a filha Elizabeth dependem de doações para sobreviver.

Realidade parecida com a do colombiano Armando Carbarraro. Os trabalhos de carpinteiro, que já eram escassos, despareceram e a rua foi a única opção. A crise só não fica pior porque as entidades assistenciais se mobilizam, como a Missão da Paz, conhecida por abrigar refugiados de

O que muitos não sabem é que a legislação brasileira os ampara. Os estrangeiros regularizados no Brasil também têm direito ao auxílio emergencial. Yolanda Gonçalves ainda não se cadastrou, mas já assinou a lista para receber o auxílio na Missão da Paz. Mas, para quem chegou da África em 2015, fugindo da crise na Angola, nem mesmo o coronavírus afasta o sonho de ficar no Brasil.

O venezuelano Ricardo Furlan também resiste, em nome de um brasileirinho de três anos. Benjamin nasceu quando a família migrou para Boa Vista, em Roraima.

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