Há 15 anos, a cidade de São Paulo vivia uma noite de terror causada pelos ataques coordenados do PCC contra policiais e bombeiros. Naquele ano mudava completamente a forma do estado brasileiro enfrentar as facções criminosas que hoje controlam as rotas e a venda de drogas no país e no continente.
12 de maio de 2006, uma sexta-feira, foi um dia de medo e caos durante a onda de ataques do PCC contra alvos policiais, ônibus e prédios públicos. Houve resposta das forças de segurança e o resultado, entre 12 e 21 de maio, foi a morte de 564 pessoas no estado, sendo 59 policiais.
Após os ataques, integrantes do PCC foram isolados e a facção percebeu que a tática da violência contra o estado não era o melhor caminho. Presos deixaram de promover rebeliões e fugas e a facção passou a seguir o modelo de grupos mafiosos.
O PCC concentrou suas ações em grandes assaltos e no negócio criminoso bilionário do tráfico internacional de drogas, lucrando com o envio de toneladas de cocaína para a Europa.
A polícia e o Ministério Público também se especializaram e evoluíram nas estratégias de combate ao crime organizado. As autoridades já classificam o PCC como um grupo pré-mafioso que montou uma sofisticada estrutura de lavagem de dinheiro.
"O PCC deixou de ser uma facção que lutava no início pelos direito dos presos e hoje ela é uma organização criminosa com única exclusiva finalidade de provocar lucros gigantescos e enriquecer principalmente a liderança", afirma o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.