Um possível desgaste entre os membros do alto escalão da Polícia Militar e integrantes da Assembleia Legislativa de Minas teria motivado a troca de nomes para o comando geral da corporação. O governador Romeu Zema admitiu a existência de um ruído interno, mas amenizou e atribuiu a situação à rotina do cargo. “Algumas posições são como fusíveis, às vezes eles queimam”.
Em conversa com jornalistas do Grupo Bandeirantes, em Minas Gerais, o governador mineiro elogiou o novo comandante-geral da PM, coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, por seu perfil operacional e disse que a escolha teve o aval da tropa. Garcia ocupava o cargo de chefe do Gabinete Militar do Governador (GMG) e de coordenador estadual de Defesa Civil. Ele assume a função no lugar do coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, que ficou menos de dois anos a frente do cargo.
O coronel Maurício José de Oliveira, atual corregedor-geral, assumirá o cargo de chefe do Estado-Maior da PMMG. A troca foi anunciada nessa segunda (23) e ainda será publicada.
Promoção de carreira
Zema ainda criticou o atual sistema de progressão de carreira dentro da Polícia Militar, que desde 2022 concede promoções por tempo de serviço, após alteração no Estatuto dos Militares. “Às vezes, sai uma viatura com três sargentos porque você tem muitos chefes e isso gera um problema, inclusive salarial. Ao invés de uma pirâmide, o quadro de comando virou um quadrado”.