A Vale nega que moradores de Mariana, na região Central de Minas Gerais, tenham de sair de casa por risco na estrutura da mina de Fábrica Nova. Em nota, a empresa esclarece que não há risco iminente, assim como não há a necessidade da remoção de famílias. “A pilha de estéril é uma estrutura de aterro constituída de material compactado, diferente de uma barragem e não sujeita à liquefação, e o dique de pequeno porte localizado à jusante de uma das pilhas tem declaração de condição de estabilidade positiva”.
Nesta terça-feira (14) será concluída uma vistoria no local, mas a Agência Nacional de Mineração (ANM) já adiantou que não encontrou problemas evidentes que represente risco. A fiscalização começou ontem (13) após a suspensão das atividades, em 10 de novembro, devido a possíveis instabilidades. Assim que for apresentado um laudo atestando a estabilidade, a agência decidirá sobre a manutenção ou não da intervenção na pilha de estéril.
Em parceria com a Defesa Civil Estadual e do município de Mariana, Ministério Público, Fundação Estadual de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiro Militar e a Associação dos Moradores da Associação Santa Rita, a ANM reuniu-se com representantes da Vale para esclarecimentos. Na ocasião, a empresa apresentou um estudo preliminar “apontando que não há risco iminente de ruptura da pilha ou mesmo do dique a jusante. Mesmo assim, diante das condições atuais do reservatório e de contorno conservadoras do estudo de ruptura hipotética da pilha, técnicos entendem que os impactos de uma eventual ruptura considerando essa condição de falha são irrelevantes na área a jusante”.
Na manhã desta terça-feira, o prefeito de Mariana, Celso Cota (MDB), vai conceder uma entrevista coletiva sobre a vistoria técnica realizada na mina.