Foram quase duas horas e meia de debate. Temas relacionados à mobilidade urbana, contas públicas e saúde dominaram o primeiro confronto entre os pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. A polarização ideológica e a relação com padrinhos políticos renderam trocas de farpas e momentos de exaltação.
Pelo cargo, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), foi o mais visado pelos concorrentes. "Batem porque sou o único que está fazendo. Tem dois pés de mangas. Um com mangas, outro sem. Em quem vão jogar pedras? No que tem mangas", disse em resposta aos ataques.
A polarização política rendeu momentos acalorados entre os candidatos Bruno Engler (PL) e Rogério Correia (PT), ao serem questionados sobre a participação do atual e do ex-presidente da República nas campanhas.
“Eu nem chamei o presidente Bolsonaro para a minha convenção. Ele deixou de vir na pré-campanha por um problema de saúde”, rebateu Engler.
A união entre os rivais políticos Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, e Romeu Zema, governador de Minas, na campanha de Mauro Tramonte (REPUBLICANOS) foi lembrada no debate. O apresentador minimizou um possível desconforto e destacou que comandará as decisões, caso eleito. “Quem vai ter a caneta sou eu”, rebateu.
A mediação do debate foi da âncora do Jornal da Band e da rádio BandNews, Adriana Araújo, que exaltou a importância do momento para a democracia. “Tem candidato que os eleitores não sabem o nome. A grande missão desse debate é despertar a atenção do eleitor para a cobertura eleitoral”.
Participaram do debate os candidatos Bruno Engler (PL), Carlos Viana (PODEMOS), Duda Salabert (PSD), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (REPUBLICANOS) e Rogério Correia (PT).