O suspeito de matar o sargento da Polícia Militar, Roger Dias, em janeiro deste ano, publicou nas redes sociais um vídeo dentro do presídio Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Na imagem, Welbert Souza Fagundes, de 25 anos, aparece fumando e ouvindo pagode. Ele ainda diz sentir “saudade dela”, sugerindo falar sobre uma namorada.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) disse “que uma revista minuciosa será realizada na cela do referido custodiado para verificar qualquer irregularidade”, e que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) realiza diariamente “revista em celas para coibir a entrada ou permanência de materiais ilícitos ou não permitidos no interior das unidades prisionais sob sua administração”.
O Ministério Público acatou, na semana passada, o pedido de incidente mental solicitado pela defesa do detento, sob o argumento de esquizofrenia e transtorno bipolar. Em prontuário, o médico cita que o paciente diz ouvir vozes que "mandam fazer coisas ruins".
No começo do mês, Welbert foi encaminhado para atendimento médico após atear fogo em um colchão da cela, menos de 24 horas depois de tentar cortar os pulsos usando lâminas de um aparelho de barbear.
O sargento Roger Dias da Cunha, da Polícia Militar foi baleado aos 29 anos durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, em 5 de janeiro. O autor do crime estava foragido da Justiça, após não retornar da saída temporária de fim de ano.
Morte de PM reacendeu discussão por fim da saidinha
O caso da morte do sargento fez voltar a ganhar força o projeto que restringe as regras para a concessão de benefícios de “saidinhas” a detentos. O projeto foi aprovado no Senado e Congresso, mas teve parte de seu texto vetada pelo presidente Lula. O texto ainda não tem data para voltar ao Congresso, que pode derrubar o veto presidencial.