A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as causas da morte de uma mulher, de 54 anos, após complicações decorrentes de uma cirurgia plástica realizada no último dia 27. A morte encefálica foi confirmada nessa terça-feira (2), em Belo Horizonte.
Familiares de Fabíola Corrêa da Silva acusam o Hospital da Plástica, localizado no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital, de negligência médica.
De acordo com o marido da vítima, André Luiz Ferreira de Souza, após o procedimento, Fabíola foi transferida para o quarto e chegou a conversar com o marido. Ele diz que achou normal a sonolência da mulher devido à anestesia, mas estranhou a forma como ela roncava. Um médico esteve no quarto e disse que a deixaria descansar para, posteriormente, examiná-la. Um enfermeiro, ao chegar para fazer a troca do soro, colocou um oxímetro na paciente, e tanto a saturação quanto a frequência cardíaca estavam zeradas. Segundo André, nesse momento, ele foi retirado do quarto às pressas e ficou aguardando no corredor da clínica, enquanto uma equipe médica informou que iria fazer um procedimento.
Devido à gravidade do quadro clínico, Fabíola foi transferida para o Hospital Odilon Behrens, na região Noroeste de Belo Horizonte. No local, André recebeu o atestado de morte encefálica da esposa por uma médica, que apontou erros cirúrgicos como causa.
Ele questiona que, após o prognóstico, em nenhum momento recebeu assistência ou telefonema da clínica onde a mulher realizou o procedimento.
Procurado, o Hospital da Plástica informou que após o médico plantonista verificar que a paciente estava passando mal, a equipe adotou todos os procedimentos necessários e a encaminhou, ainda com vida, em ambulância UTI para o Odilon Behrens.
*Sob supervisão de Mábila Soares