Museu da Moda exibe exposição que relembra a trajetória de Clara Nunes

A mostra expõe figurinos originais usados por Clara em shows e desfiles, além de prêmios, arquivos e fotos do acervo pessoal da cantora

Isabella Neres

A exposição fica no museu até o dia 15 de dezembro deste ano e a entrada é gratuita
Reprodução/Divulgação

O Museu da Moda, em Belo Horizonte, exibe a exposição “Clara Nunes – Eu Sou a Tal Mineira”, que relembra a trajetória da artista que é um dos grandes nomes do samba. A mostra expõe figurinos originais usados por Clara em shows e desfiles, além de prêmios, arquivos e fotos do acervo pessoal da cantora.

Clara Francisca Gonçalves Pinheiro nasceu em 1942, no município mineiro de Cedro, atual Caetanópolis, situada na Região Central do estado e a 100 km de BH.  A cantora se mudou para Belo Horizonte ainda na adolescência, quando conheceu Jadir Ambrósio, compositor do hino do Cruzeiro. Ele ficou encantado com o talento da garota e a apresentou à Rádio Inconfidência. A artista começou a cantar na sede do Cruzeiro Esporte Clube, no Barro Preto, e também na rádio. Clara fez muito sucesso na capital mineira, ganhando incontáveis prêmios e chegando a ter um programa só seu, chamado “Clara Nunes Apresenta”, na TV Itacolomi.

Em busca de maiores oportunidades, a sambista se mudou para o Rio de Janeiro, em 1965, mas a influência mineira a acompanhava. Clara escolheu sua escola de samba, a Portela, afirmando que sua paixão inicialmente aconteceu porque a escola estampava as mesmas cores de seu clube do coração, o Cruzeiro.

A religião sempre foi algo marcante na vida de Clara Nunes, que frequentava terreiros de candomblé e umbanda. Ela cantava músicas que exaltavam suas crenças em uma época em que as religiões de matriz africana sofriam um preconceito ainda mais forte,  sendo Clara uma voz importante na luta contra a discriminação.

A cantora morreu em 1983, vítima de uma complicação em cirurgia para retirada de varizes. Clara Nunes é lembrada e homenageada por fãs do país inteiro até os dias atuais e, na plataforma de música Spotify, sua voz é ouvida mensalmente por pelo menos 1,1 milhão de pessoas.

A exposição fica no museu até o dia 15 de dezembro deste ano e a entrada é gratuita, não sendo necessária a retirada de ingresso. O local fica aberto de quarta-feira a sábado, das 10h às 18h, na rua da Bahia, 1.149, no Centro de Belo Horizonte.

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