Mesmo com ordem judicial e multa diária de R$ 100 mil, metrô segue em greve

Daniel Abreu, Mariana Reis*

Prefeitura reforçou as linhas de ônibus na capital para compensar a falta do metrô
Reprodução/CMBH

O metrô de Belo Horizonte amanheceu nesta quinta-feira (15) com todas as estações fechadas, mesmo após determinação judicial para rotação mínima, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Nessa quarta-feira (14), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu liminar a Companhia de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU), para que houvesse o funcionamento em escala mínima. O documento determinava que os trens operassem em 100% nos horários de pico, de 5h30 às 12h, e entre 16h30 às 23h. Nos demais intervalos, os trens devem circular mantendo uma escala mínima de 70%.

Ainda nessa quarta, a Justiça Federal negou o pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para barrar o processo de concessão do metrô. Segundo o sindicato dos metroviários, com a privatização, mais de 1.600 trabalhadores concursados correm o risco de ficar desempregados, além do aumento exponencial do valor da passagem, que saiu de R$ 1,80 para R$ 4,50 em cerca de um ano.

Para minimizar os transtornos aos usuários, a Prefeitura de Belo Horizonte reforçou as linhas do transporte coletivo municipal que atendem as estações Vilarinho e São Gabriel. Por conta da paralisação, houve uma sobrecarga na demanda dos ônibus. Em Contagem, a Transcon fará ajustes de viagens, caso necessário.

A situação é prevista na liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho, que notificou BHTrans e Transcon a aumentar o número de veículos em circulação, enquanto a escala mínima estiver vigente.

Em nota, a CBTU assegurou que está tomando as medidas possíveis para que haja o retorno das atividades. Nesta quinta (15), a empresa vai comunicar à Justiça acerca do não cumprimento da decisão judicial. Também será protocolada, em juízo, a informação de que representantes do sindicato dos metroviários impedem a entrada dos empregados que não aderiram ao movimento no prédio sede da companhia.

*Sob supervisão de Laryssa Campos

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