O dia 4 de maio de 2024 foi um momento que Vitor Petrino certamente não queria que existisse. O brasileiro, que carregava uma invencibilidade de quatro vitórias, foi finalizado por Anthony Smith no UFC Rio e foi derrotado pela primeira vez profissionalmente. Seu cartel passou a ter 11 vitórias e um revés.
O “Cabuloso” tem a chance de voltar ao caminho das vitórias neste sábado (14), no UFC Tampa, que será realizado nos Estados Unidos e é o último evento do ano. Em entrevista exclusiva ao band.com.br, Vitor Petrino relembrou e lamentou a derrota para Anthony Smith, mas destacou que está bem e com a cabeça tranquila para voltar ao octógono.
“Cara, é uma coisa que acontece, né? O esporte é esse. A partir do momento que você pisa no octógono não tem análise de quem é pior ou quem é melhor. São dois caras do mesmo mesmo, mesma categoria, no maior evento do planeta. Então tudo pode acontecer. Infelizmente não foi o meu dia e bola para frente. Agora é botar a cabeça no lugar e trabalhar para as próximas lutas", iniciou Petrino.
Foi a minha primeira derrota profissional, né, mas eu já perdi no jiu-jitsu, no kickboxing, já perdi no amador. Acredito que isso faça parte do jogo. A gente até tinha conversado sobre isso na academia. Poderia chegar um dia que eu perderia. Mas quem não está pronto pra jogar que não desce pro play, né? Isso acontece, e agora precisamos juntar os cacos e consertar o que tem que ser consertado.
Vitor Petrino enfrentará o americano Dustin Jacoby no card principal do UFC Tampa. A luta, válida pelo peso meio-pesado, pode não só colocar o brasileiro de volta ao caminho das vitórias como também tem a chance de dar mais visibilidade para o “Cabuloso” no Ultimate. E, de acordo com ele, a preparação para o evento foi muito boa.
“Foi um camp longo, né, mas ficou bom para caramba. Pude tratar minhas lesões, estudar no meu corpo, trabalhar bem a estratégia. Tenho uma equipe sensacional, que insiste e proporciona isso pra gente”, destacou.
"Os últimos adversários dele foram nada mais nada menos pessoas que disputaram cinturão da categoria. Tenho uma prova de fogo. Pra mim, lutar com o Dustin é mais do que uma honra. Ele é um cara duro, que sempre entrega muito, que proporciona grandes lutas. Estou feliz. É um cara que eu sei que, se eu ganhar, vai me projetar muito na categoria", completou.
Objetivos para 2025
Vitor Petrino fará a sua despedida de 2024 no último evento do UFC no ano. O lutador brasileiro já pensa no final do ano, porém já tem as metas no Ultimate traçadas. E elas são ambiciosas.
“Vou voltar para ir para minha cidade (depois da luta). Minha família é de Santa Luzia, então ficou um praticamente o ano todo treinando e vejo eles somente nas datas especiais. Vou matar a saudade, mas os trabalhos já voltam no dia 5 de janeiro. E aí eu vou buscar fazer o maior número de lutas possível."
Após essa luta aí já recuperar o ranking ali da categoria e, pro ano que vem, já começar galgando novamente pelo topo do ranking ali. Então top-10, top-5 e o que tiver pela frente. Mas estou sem pressa. As coisas acontecessem no tempo certo. O que o UFC propuser pra mim eu vou aceitar.
Futuro do Cruzeiro
O apelido “Cabuloso” também tem a ver com o time do coração de Vitor Petrino: o Cruzeiro. O lutador de 27 anos falou sobre o ano da Raposa
"O futebol é muito cíclico. Todos os esportes são assim na verdade. Mas o Cruzeiro tem fases. Eu acredito que o elenco está se ajustando. Acho que, em 2025, ele vai conseguir fazer um elenco muito bom. O Cruzeiro tem sido dom de revelar novos atletas. É conseguir botar esse pra trabalhar junto também, de uma maneira organizada, para conquistar tudo que tem pra conquistar no Brasil na América do Sul no ano que vem.
Perguntado sobre se concorda com a permanência do técnico Fernando Diniz na Raposa, Petrino foi enfático.
Cara, sou a favor. Acho que o Cruzeiro está numa turbulência grande. A galera é muito imediatista. Acho que daria pra trabalhar com calma, porque com desespero nada dá certo. Acredito que o Diniz tem um potencial gigantesco no Cruzeiro.