Marcus Molinari, um dos quatro jogadores que morreram na queda do avião do Palmas neste domingo (24), é filho de Marinho, ex-atacante que se destacou com a camisa do Atlético-MG entre 2006 e 2008, sendo o artilheiro do Galo na Série B e tendo marcado ao todo 28 gols com a camisa alvinegra.
Bastante abalado pela perda, Marinho conversou com Milton Neves no Domingo Esportivo, da Rádio Bandeirantes. “É uma tristeza muito grande. A gente espera que a gente seja enterrado pelos nossos filhos. Essa não é a lógica. O que nos resta é ter força e pedir a Jesus que nos dê força. Estamos sem chão. É uma dor que não consigo descrever de tanta dor que é”, relatou.
O ex-jogador contou ainda que o filho de 23 anos só estava no voo que caiu pouco após decolar de Palmas para Goiânia, onde o time enfrentaria o Vila Nova, pela Copa Verde, nesta segunda-feira, porque contraiu Covid-19 e terminou a quarentena no sábado. “O resto do time viajou ontem, e fretaram o avião para que ele e mais três atletas pudessem chegar a tempo de concentrar e jogar amanhã. Ele odiava avião, não gostava”, disse Marinho.
Além de Marcus Molinari, morreram na tragédia o presidente do Palmas, Lucas Meira, os jogadores Lucas Praxedes, Guilherme Noé e Ranule, e o piloto do avião de pequeno porte, comandante Wagner. Com esposa e uma outra filha, Marinho disse que “precisa ser forte”. "Difícil falar agora se houve culpa ou negligência de alguém. Isso agora é um detalhe que depois possa ser resolvido. Hoje é uma tristeza tão grande… Agora é juntar os cacos”, concluiu.
Marcus Molinari seguiu os caminhos do pai e surgiu no Villa Nova, de Minas. Passou ainda pela equipe Sub-23 do Santos e por Tupi e Ipatinga antes de chegar ao Palmas.
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