Vencedores na Libertadores, brasileiros perdem Sul-Americana pelo 3º ano seguido; relembre

São Paulo, Fortaleza e Cruzeiro amargam vices e não concretizam hegemonia vista na principal competição entre clubes da América Latina

Da Redação

Cássio em Racing x Cruzeiro, pela final da Sul-Americana 2024
REUTERS/Cesar Olmedo

Com a derrota do Cruzeiro para o Racing por 3 a 1 na final da Copa Sul-Americana, a sina traumática do futebol brasileiro se repetiu pelo terceiro ano consecutivo: o favoritismo na Libertadores não se reflete na segunda competição internacional mais cobiçada do continente.

Há cinco anos, com a predominância de pelo menos um brasileiro nas decisões na América Latina, a ‘Sula’ se tornou o caminho mais acessível para um título internacional para aquelas equipes que não se garantiram na Libertadores. 

Com a primeira final da competição 100% brasileira, disputada em 2021 entre Athletico-PR e RB Bragantino, o Brasil começava a marcar presença definitiva na decisão do torneio.

Se por um lado na Libertadores os últimos cinco anos foram de glórias para Palmeiras (2), Flamengo (2) e Fluminense, entre 2022 e 2024 outras três equipes brasileiras também chegaram ao último estágio da Sula para soltar o grito de “campeão”, mas acabaram ficando com o vice. Relembre:

2022 -  São Paulo 0x2 Independiente del Valle

Com a oportunidade de ser campeão pela primeira vez com Rogério Ceni na área técnica, o favorito São Paulo visitou o Independiente del Valle em Córdoba, na Argentina, sonhando com o bi da Sul-Americana após dez anos.

A equipe de Ceni havia perdido no início do ano o o título do Campeonato Paulista, de virada, para o rival Palmeiras e depositava toda a temporada na final continental. Após o apito inicial, o Tricolor, assustado com a decisão e volume de jogo dos equatorianos, parecia não se encontrar em campo.

O jogo envolvente da escola do Independiente del Valle faria outra vítima naquela tarde no gramado do Estádio Mario Kempes ainda na primeira etapa. Irreconhecível, o São Paulo enxergou Lautaro Díaz abrir o marcador com apenas 13 minutos e o volante Lorenzo Faravelli sacramentar o título para o futebol equatoriano aos 18 do segundo tempo.

2023 - Fortaleza 1 (3) x (4) 1 LDU

O Fortaleza chegava com moral na final da Sul-Americana após desbancar o Corinthians nas semis por 3 a 1 no agregado. Os comandados de Juan Pablo Vojvoda já estavam na história por ser tornarem a primeira equipe nordestina a chegar em uma decisão da competição em 21 anos.

Abrindo o placar com Lucero no início da segunda etapa, o Leão do Pici dominava a LDU de Luís Zubeldía no Uruguai e parecia administrar o resultado com tranquilidade. Entretanto, Lisandro Alzugaray foi quem deixou o placar igualado minutos mais tarde e extendeu a partida para outros 30 minutos de prorrogação.

Após o tempo adicional se esgotar ainda na igualdade, a decisão por pênaltis sorriu para os equatorianos. A LDU guiada por Paolo Guerrero ganhou nas penalidades por 4 a 3 e a taça da competição seguiu no Equador.

2024 - Racing 3x1 Cruzeiro

Ligado desde o primeiro minuto de jogo, o Racing não demorou para impor o seu ritmo e abrir o placar. Logo aos dois minutos, Martínez fez um belo pivô após jogada rápida pela esquerda e tocou para Martinera abrir o placar. O lance, no entanto, foi anulado por impedimento e recolocou o Cruzeiro no jogo.

A paz cruzeirense, no entanto, terminou rapidamente, já que o time errava passes e tinha dificuldades de sair para o jogo. Desligado, a Raposa voltou a sofrer um gol de Martinera, que tentou cruzar na lateral direita, mas a bola tomou a direção do gol e encobriu Cássio: 1 a 0.

Quatro minutos depois veio mais um duro baque para a Raposa: Walace saiu jogando errado e o Racing não aliviou. Em rápido contra-ataque, Salas achou Martínez livre pelo lado direito após sair da marcação de Villalba. Sem goleiro, o artilheiro da Copa Sul-Americana de 2024 ampliou para os argentinos: 2 a 0.

O Cruzeiro acordou e demonstrou uma resposta rápida no segundo tempo. Logo aos oito minutos, Matheus Henrique tabelou com Matheus Pereira, fez fila dentro da área e cruzou para Kaio Jorge. O atacante perdeu o gol na cabeçada, mas balançou as redes no rebote com a perna esquerda: 2 a 1.

Desesperado, o Cruzeiro foi pra cima do Racing, mas não conseguiu fazer o gol de empate. Os argentinos se aproveitaram da desorganização cruzeirense e, nos acréscimos, conseguiram matar o jogo: Roger Martínez saiu cara a cara com Cássio e tocou na saída do goleiro brasileiro para fazer o 3 a 1 e dar a taça ao clube argentino.

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