Veja quais são as versões de Dani Alves e da acusadora no caso de estupro

Jogador brasileiro começou a ser julgado nesta segunda na Espanha; veja como foi o primeiro dia da audiência

Da redação

O julgamento de Daniel Alves na Espanha começou nesta segunda-feira (5). O lateral-direito conseguiu a condição de depor por último diante da Justiça espanhola e acompanhou a audiência no Tribunal de Barcelona neste primeiro dia sem estar algemado.

Dani Alves é acusado de agressão sexual a uma mulher de 23 anos. O crime teria acontecido em dezembro de 2022 e ele pode pegar até 12 anos de prisão.

O que disse a mulher que acusa o jogador

A denunciante deu o seu depoimento neste primeiro dia do julgamento. Ela falou por cerca de uma hora e 15 minutos, em audiência fechada para proteger a sua identidade. Além de falar com portas fechadas, a moça teve a voz distorcida e não teve contato com o brasileiro.

Em seu depoimento, a denunciante reafirmou que foi estuprada por Daniel Alves, segundo o jornal "La Vanguardia". O crime teria acontecido em 30 de dezembro de 2022, em uma balada em Barcelona.

Também neste primeiro dia de julgamento, falaram uma amiga e uma prima da denunciante. Elas estavam na boate Sutton no dia em que teria acontecido o estupro.

As duas testemunhas afirmaram que a moça que teria sido agredida sexualmente está com “traumas”, mal sai de casa desde o caso e “não confia em mais ninguém”.

Três funcionários da casa noturna, sendo dois garçons e um porteiro do estabelecimento, também deram seus depoimentos. 

O que deve dizer Daniel Alves

No julgamento, que deve termina na próxima quarta-feira (7), a defesa do brasileiro deve apresentar uma quinta versão diferente do caso, dizendo que ele estava embriagado na noite do suposto crime e que não se lembra do que aconteceu.

Primeiro, Dani Alves negou que conhecia a mulher. Depois, disse que sabia quem era a jovem espanhola, mas que teriam apenas conversado na casa noturna.

Na terceira versão, o jogador disse que houve apenas sexo oral. Na quarta, relatou que teve penetração e tudo foi consensual.

Em entrevista ao BandNews TV, a professora de Direito Internacional Elaini Gonzaga falou sobre o início do julgamento de Daniel Alves na Espanha.

"Não só o comportamento dela de não aceitar [um acordo], mas todo o espírito de mudar a cultura jurídica da Espanha, é pouco provável que leve a uma aceitação de pena pecuniária. (…) Justamente porque existe a ideia de que pessoas com grande poder econômico, como é o caso do Daniel, por mais que ele seja um brasileiro e seja visto como um jogador de futebol que ganha muito e nada o atinja, Toda a atenção pública está sendo voltada para: vai ser realmente considerado tudo que está sendo levantado, como isso vai ser calculado, no cálculo da pena, para tentar evitar casos de impunidade”, explicou a professora.

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.