Tribunal de Amsterdã condena 5 por violência em jogo com time israelense Maccabi Tel Aviv

Por Estadão Conteúdo

Um tribunal de Amsterdã condenou nesta terça-feira cinco homens a até seis meses de prisão pela violência que eclodiu na partida entre o local Ajax e Maccabi Tel Aviv, de Israel, em novembro, pela Liga Europa. O tumulto, que causou protestos internacionais e acusações de ataques antissemitas deliberados, deixou 5 pessoas no hospital e outras 20 com ferimentos leves. Mais de 60 pessoas foram detidas.

Um homem foi condenado a 6 meses de prisão, outro a 2 meses e meio e dois tiveram pena de 1 mês de prisão. Um quinto réu terá que fazer 100 horas de serviço comunitário. Uma série de incidentes violentos ocorreu entre manifestantes pró-Palestina e torcedores israelenses durante o jogo.

Parte da violência foi condenada como antissemita, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, oferecendo ajudar para evacuar os torcedores do Maccabi Tel Aviv. Amsterdã tem a reputação de ser uma cidade tolerante e um refúgio para religiões perseguidas.

"Parece que a violência surgiu de fortes sentimentos pró-Palestina, da insatisfação com a situação em Gaza e da raiva contra os israelitas", afirmou o gabinete do procurador num comunicado na conclusão das audiências.

Os cinco réus são residentes holandeses, com idades entre 19 e 32 anos, e foram acusados de violência pública, roubo e agressão. O jogo, vencido pelo Ajax por 5 a 0, foi autorizado após o órgão antiterrorista da Holanda considerar que não havia "ameaça concreta" aos torcedores israelenses. Mesmo assim, as autoridades holandesas proibiram uma manifestação pró-Palestina no exterior da Arena Johan Cruyff.

De acordo com uma investigação, na véspera do jogo as autoridades relataram vários incidentes, incluindo torcedores israelenses arrancando uma bandeira palestina de um prédio em Amsterdã e atacando um táxi. Mais seis suspeitos ainda serão julgados, incluindo três menores.

As leis holandesas determinam que os processos para jovens sejam realizados à porta fechada. A polícia continua investigando a violência e divulgou imagens de vários suspeitos que deseja identificar.

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