O amor por um clube de futebol muitas vezes ultrapassa fronteiras. É o caso de Cláudio, fanático pelo Flamengo e que coleciona histórias com o rubro-negro em jogos decisivos fora do Brasil.
“O Flamengo nunca me traiu”, diz Cláudio.
Na campanha do primeiro título de Libertadores do Fla, em 1981, Cláudio traçou um plano com um grupo de amigos para acompanhar o Fla nos jogos finais contra o Cobreloa. Ele e mais 26 pessoas viajaram 3.713 km de ônibus do Rio de Janeiro até Santiago, no Chile, para o jogo de volta - na ida, no Maracanã, o time da casa venceu por 2 a 1.
"Tive que vender meu carro para custear parte da viagem até Santiago. Minha mulher não concordou e terminou comigo". lembra Cláudio. O Fla perdeu por 1 x 0 no Chile e o campeão precisou ser definido em um terceiro jogo, em Montevidéu. Mesmo com poucos recursos, Cláudio topou mais essa viagem. Com ele, outras 16 pessoas seguiram caminho até o Uruguai.
No Centenário, o Fla venceu por 2 a 0, gols de Zico, e se sagrou campeão continental pela primeira vez. "Eu vi o Flamengo ser campeão da Libertadores. Isso é uma coisa monstruosa. Até então, a gente só ganhava títulos regionais."
Reencontro e bi da Libertadores
Pula pra 2019. O Fla volta a uma final de Libertadores, desta vez contra o River Plate, em Lima. É claro que Cláudio estava lá, ao lado de outros três amigos daquele viagem inesquecível de quase quatro décadas antes. "Quando acabou o jogo, ficamos os quatro abraçados", lembra ele.
Neste sábado (27), o Flamengo entra em campo contra o Palmeiras na mesma Montevidéu de 40 anos atrás, para tentar o tri da Libertadores. Cláudio será só mais um dos loucos pelo rubro-negro que estarão ensandecidos nas arquibancadas do Centenário. "Vou ser bicampeão no Uruguai e tri da Libertadores", prometeu Cláudio.