A parte emocional do Botafogo foi tema da coletiva de Tiago Nunes depois da derrota por 4 a 2 para o Vasco. Depois de dizer que jogadores pediram "para ter sequência fora" do time, alegando, no entanto, que não recebeu solicitações formais, o técnico foi às redes sociais para se explicar sobre a fala – assista no vídeo acima.
“Estou vindo publicamente para fazer uma manifestação ao nosso torcedor em relação à minha coletiva de ontem. O máximo responsável por tudo que acontece na parte desportiva do Botafogo sou eu. E jamais, jamais irei transferir a responsabilidade para nenhum jogador. Nós temos uma relação muito honesta, muito direta, muito verdadeira no nosso dia a dia. Deixar claro que nenhum jogador, em nenhum momento, pediu para sair, para ficar de fora. Temos um grupo de homens, corajosos, trabalhadores”, iniciou o treinador.
“Hoje está se vinculando muitos recortes, em tempos que muitos recortes viralizam, pequenas falas são compartilhadas em tuites, Instagram sem ter o verdadeiro e contexto adequado, gerando falsas notícias. Àqueles que querem tumultuar nosso ambiente interno, não vão conseguir. Eu sou o responsável máximo por tudo que acontece aqui dentro, e jamais vou passar essa responsabilidade para os jogadores”, prosseguiu.
“As coisas ainda não estão acontecendo como a gente gostaria, o Botafogo passa por um momento de transformação, reconstrução, e a gente precisa de todos unidos. Quando eu manifesto que alguns jogadores precisam descansar, que a gente precisa ter mais volume de jogadores, mais número, é justamente para evitar os cancelamentos, evitar que alguns jogadores sejam hostilizados e fiquem marcados como culpados. O futebol tem muito disso de eleger os culpados. Eu estou aqui para defender meu grupo, meus jogadores, e ninguém vai consguir fazer o contrário. Não interpretem de forma equivocada. Por favor, torcedor, vai lá e acesse a coletiva inteira, com o contexto. Não confie nesses recortes”, finalizou.
O que disse Tiago Nunes
Depois da derrota para o Vasco, Tiago Nunes foi perguntado se a parte emocional era o principal problema do Botafogo. Foi quando ele pediu que alguns nomes, muitas vezes, “pediram para ter uma sequência fora”.
"O professor Luis Castro, que teve muito sucesso aqui, levou quase um ano para levar o Botafogo a um nível competitivo, que durou de 5 a 6 meses. Durante esse um ano, o Botafogo oscilou, teve muita dificuldade até encaixar a equipe no início do Brasileiro. Depois a dificuldade emocional, sim. A gente não conseguiu repetir. A gente tem uma memória emocional do ano passado. Quando sofre revés como esse, vem tudo à tona. Por mais que a gente tenha mudanças no elenco, grande parte do time titular é remanescente do ano passado. Vamos evoluir através da sequência de resultados positivos e também da chegada de jogadores para encorpar o grupo, e não só a equipe titular. Porque muitos jogadores estão pedindo, muitas vezes, para ter uma sequência fora da equipe, para parar de carregar essa carga emocional tão forte. Você tem que ter mais jogadores de um nível compatível para conseguir manter o Botafogo competindo em alto nível", afirmou depois do confronto.