Thiago Silva, capitão do Fluminense, pagou a promessa de percorrer de joelhos o gramado ao Allianz Parque, neste domingo, após a vitória sobre o Palmeiras na última rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o time das Laranjeiras permaneceu na Série A. O experiente jogador, de 40 anos, afirmou não se arrepender por ter voltado este ano ao time onde começou a carreira depois de um longo período no futebol europeu.
"Foram seis meses muito complicados. E hoje a gente tira um peso grande das costas. Eu falei que, na partida contra o Cuiabá, a gente só dependia de nós. Se a gente jogar com esse espírito aguerrido, com a posse de bola para jogar, o que a gente sabe, fica um pouco mais fácil para todo mundo. Só que a fase não estava ajudando, a gente não conseguia desempenhar. A pressão de não pontuar, de perder jogos importantes, de estar lá na parte de baixo, de estar vendo perigo, você não quer arriscar uma jogada que normalmente você faz fácil. Então por causa desses detalhes a gente deixou um pouco a desejar. E eu acho que o nosso torcedor, principalmente em algumas situações, vaiou em situações que a gente entende realmente, principalmente eu que sou tricolor. Eu também não estava feliz com a minha atuação e da equipe, mas hoje nós demonstramos que o Fluminense é muito grande, de uma torcida apaixonada, que faz a diferença, porque quando a gente estava com seis pontos, eles colocaram 61 mil no Maracanã", disse o jogador ao Première.
Religioso, o atleta considerou o ano repleto de dificuldades como uma missão a ser realizada. "O medo faz parte da nossa vida, o medo é constante, mas eu acho que a nossa coragem tem que ser maior que o nosso medo, e eu acho que a gente tem que glorificar o nome de Deus, porque foi um ano muito complicado, seis meses muito difíceis para mim, mas agora eu entendo a missão que eu tive de vir pra cá... Foi escolha minha. Eu não me arrependo de nada que eu fiz até hoje."
O Fluminense terminou o Brasileirão na 13ª colocação, com 46 pontos, após somar 12 vitórias, 10 empates e 16 derrotas. O ataque marcou 33 gols, enquanto a defesa foi vazada 39 vezes.