John Textor, dono da SAF do Botafogo, envolveu mais dois clubes nas acusações de manipulação de resultado. Ele publicou que jogadores do São Paulo e do Fortaleza participaram de um esquema que favoreceu o Palmeiras em 2022 e 2023. O americano não divulgou os nomes dos atletas e também não detalhou as provas.

Desde o ano passado Textor diz ter provas de que o Campeonato Brasileiro tem sido manipulado. Na tarde da segunda-feira (1), ele tocou no assunto novamente e foi criticado pelo Palmeiras. Agora citou dois exemplos que, segundo ele, são "100% confirmados por especialistas e inteligência artificial".  

No caso do São Paulo, Textor citou a goleada que o Palmeiras aplicou em 2023, por 5 a 0. "O jogo foi manipulado por pelo menos cinco jogadores são-paulinos. Um total de sete jogadores apresentaram desvios anormais em situações-chave de marcação de gols, embora apenas cinco jogadores tenham ultrapassado os limites que estabeleceriam provas claras e convincentes de manipulação do jogo".

O São Paulo repudiou a denúncia e disse que vai acionar Textor na Justiça: "tal afirmação sem nenhum vestígio de prova ataca a idoneidade de jogadores do elenco profissional masculino e a lisura da instituição São Paulo FC em seus 94 anos de história. O clube já acionou seu departamento jurídico, que estudará e tomará as medidas cabíveis na esfera legal".

O caso do Fortaleza chama atenção porque Textor diz que a partida foi determinante para o título do Palmeiras, mas na verdade o time alviverde já entrou campeão naquela partida, por causa de outro resultado da rodada, a derrota do Inter para o América-MG.

Mesmo assim Textor publicou que houve manipulação: "o jogo Palmeiras x Fortaleza de novembro de 2022 foi, segundo grandes especialistas e inteligência artificial, manipulado por pelo menos quatro jogadores do Fortaleza. Vários outros jogadores exibiram desvios anormais em situações-chave de marcação de gols, embora apenas quatro jogadores tenham ultrapassado os limites que estabeleceriam provas claras e convincentes de manipulação do jogo".

O dono do Botafogo diz que esse estudo não estabelece motivo para manipulação e nem aponta quem teria sido responsável. Ele entende que as autoridades devem usar recursos próprios para investigar esses fatores.