Presente na coletiva de imprensa da final do Paulistão, nesta sexta-feira (14), Abel Ferreira fez um longo desabafo ao ser questionado sobre a rivalidade entre os clubes paulistas. A partir de domingo (16), às 18h30, no Allianz Parque, Palmeiras e Corinthians começam a decidir o Estadual desta temporada.
O treinador português fez uma crítica em vários aspectos, recordou o gesto obsceno que o fez ser expulso e ainda revelou que chorou por causa dessa atitude em campo.
“Há coisas que a gente só aprende com a nossa experiência e nosso caminho. Voltou a referir que eu tenho que mudar, nós temos que mudar [pessoas do futebol], a imprensa tem que mudar muito também. (...) O momento de mais vergonha que já senti na minha vida foi no Palmeiras, quando fiz um gesto a dizer que o árbitro não tinha coragem. Cheguei em casa, chorei em frente à minha mulher e minhas filhas, porque sabem que aquilo não sou eu, que não são meus comportamentos. Eu tenho direito de errar como toda a gente. Foi, na minha vida, o maior momento de vergonha que eu tive. Sangrei por dentro”, iniciou Abel.
Em agosto do ano passado, em duelo do Palmeiras contra o Flamengo nas oitavas de final da Copa do Brasil, Abel fez um gesto obsceno, colocando a mão na genitália, e acabou expulso após revisão da arbitragem no VAR.
À época, ele foi julgado pela Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e punido com dois jogos de suspensão.
Abel cita filme para pedir respeito no clássico
Abel Ferreira também citou o filme ‘O Casamento de Romeu e Julieta’ para pedir um clima de respeito no clássico entre Palmeiras e Corinthians na decisão do Paulistão.
“Dérbi é um Dérbi em qualquer parte do mundo. Claro que falamos de dois clubes gigantes, com torcidas imensas. Quando surge esse tipo de jogo, não só pela imprensa, que se empolga e emocionam os torcedores. Sabemos da dimensão e grandeza de Palmeiras x Corinthians”, declarou.
“Reforço que às vezes passa do ponto, que as equipes se respeitem dentro de campo, os torcedores, iindependentemente da rivalidade. Um dos primeiros filmes que vi quando cheguei ao Brasil foi ‘Romeu e Julieta’, onde prevalece o amor independentemente se sou palmeirense ou corintiano. Há um respeito, é assim que vejo.”.