Nelson Rodrigues dizia que as torcidas em geral são bem parecidas umas com as outras. A exceção é a do Botafogo. E há uma característica que, ainda que se manifeste em todas as torcidas, em maior ou menor nível, virou marca da personlidade dos seguidores da Estrela Solitária: a superstição. No caso da Nathalia Bretas, é regra. Mesmo que ela tenha que não ver o jogo.
Em conversa com o Esporte na Band, Nathalia revelou uma estranha - “estranha” para os outros torcedores, não para os botafoguenses - coincidência: a relação entre as idas ao banheiro e os gols dos comandados de Artur Jorge. Está dando certo, ela diz. E não vai mudar, garante a torcedora, pronta para conhecer o banheiro do Monumental de Nuñez caso haja disputa de pênaltis na final da Libertadores neste sábado (30), contra o Atlético-MG. E com a mesma roupa dos 5 a 0 sobre o Peñarol.
Leia abaixo o relato:
“Se tiver pênaltis, eu vou para o banheiro”
Quando o Botafogo faz gol é porque eu fui no banheiro.
Começou esse ano. No Botafogo x Bragantino pela pré-Libertadores eu fiz isso: fui no banheiro e funcionou.
No jogo contra o São Paulo, não fui ao banheiro em nenhum momento. Foi 0 a 0. Contra o Peñarol em casa, eu estava no banheiro quando saiu o primeiro gol. E aí eu estava saindo do banheiro quando teve o segundo gol.
Eu não sabia se eu ficava lá ou não. Até meus amigos me zoaram: “Caraca, você vai no banheiro e sai gol”.
A mesma coisa aconteceu no jogo do Uruguai, e vira e mexe acontece também jogos do Campeonato Brasileiro. É uma coisa que ficou.
Tem também o caso da camisa. Eu tenho a minha camisa de jogo decisivo, que está aqui muito bem guardada, porque vou usar na final sábado. Eu usei ela em todos os principais jogos do Botafogo e está dando certo.
A gente chega a ver se está com a mesma calcinha, o mesmo tênis. A gente olhou um vídeo nosso para ver a roupa que estávamos usando nos 5 a 0 contra o Peñarol. A pochete que eu usei, trouxe para a final.
Eu não vou mudar agora, deixa para mudar no Campeonato Carioca.
Tem gente que veio me perguntar: “Cara, eu tô com esse cabelo há meses. Se eu cortar, será que vai dar merda? O que que você acha?”, e eu digo: “Ih, cara. Ó, está dando certo, não vamos alterar”
O Botafogo é assim. Se você olha para uma coisa, vê uma repetição e se está dando certo, a gente vai confiar, acreditar nisso e seguir.
E se tiver pênaltis, eu vou para o banheiro. Fico lá e espero baterem todas as cobranças. Se está funcionando, a gente não mexe.