Esporte

STJD vê provas "imprestáveis" e sugere suspensão pesada a John Textor

Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol concluiu o inquérito a respeito das acusações de manipulação feitas por Textor

Da redação

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O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) concluiu o inquérito para apurar as denúncias feitas por John Textor, dono da SAF do Botafogo, sobre possíveis manipulações de resultados no futebol brasileiro.

O STJD aponta, em nota, que as provas apresentadas por Textor são “imprestáveis” e vê ilegalidades cometidas pelo executivo ao acusar jogadores, clubes e árbitros de manipulações.

Com isso, a sugestão do auditor do Pleno, Mauro Marcelo de Lima e Silva, é de que o dono da SAF do Botafogo seja suspenso por 2.340 dias (cerca de seis anos e cinco meses) e receba uma multa de R$ 2 milhões.

“Sem apresentar provas e, com base em uma empresa de inteligência artificial, John Textor publicou texto em 01º de abril de 2024 afirmando que o jogo entre e Palmeiras e São Paulo, realizado em outubro de 2023, foi manipulado por ao menos cinco jogadores do São Paulo”, diz trecho da nota do STJD.

No total, o STJD afirma que Textor cometeu “ilícitos desportivos contra a honra” de sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros.

Em abril, por exemplo, o dirigente publicou um texto em seu site afirmando que o clássico entre Palmeiras e São Paulo, no Brasileirão do ano passado, tinha sido manipulado.

Nota do STJD

O inquérito instaurado para apurar as denúncias do dono da SAF Botafogo, John Textor, de manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro foi concluído e liberado nesta sexta, 5 de julho, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol. Presidido pelo auditor do Pleno, Mauro Marcelo de Lima e Silva, o relatório conclusivo conta com mais de 50 páginas e indica como “imprestáveis” as provas apresentadas por Textor, além de destacar ilícitos desportivos praticados pelo sócio majoritário do Botafogo contra atletas, clubes e árbitros. A conclusão foi encaminhada para a Procuradoria da Justiça Desportiva.

Sem apresentar provas e, com base em uma empresa de inteligência artificial, John Textor publicou texto em 01º de abril de 2024 afirmando que o jogo entre e Palmeiras e São Paulo, realizado em outubro de 2023, foi manipulado por ao menos cinco jogadores do São Paulo.

As denúncias de John Textor foram contestadas no STJD do Futebol por representações feitas por Palmeiras, São Paulo, Associação de atletas e dos árbitros e gerou o pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria.

O inquérito de número 121/2024 foi presidido pelo Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva. Durante o inquérito, John Textor apresentou as “provas irrefutáveis” que alegava possuir. Após uma minuciosa análise, o Auditor processante concluiu que as provas eram "imprestáveis" e configuravam ilícitos desportivos contra a honra praticados por John Textor contra sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros. Além disso, foram constatadas infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito.

Na conclusão do relatório, o Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva descreveu as condutas ilícitas praticadas por John Textor e recomendou a aplicação de penalidades de multa e suspensão, as maiores já propostas na história do STJD. O relatório conclusivo com sugestão de denúncia foi encaminhado para a Procuradoria.

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