Em 2022, a tragédia que terminou na morte de dez jovens que atuavam pelas categorias de base do Flamengo, completa três anos. Até o momento, onze pessoas foram indiciadas, mas não houve condenações.
Naydjel Callebe, um dos dezesseis sobreviventes, disse que sonhava com a volta dos amigos que faleceram e não acreditou no que aconteceu.
“É difícil, quando soubemos ficamos muito para baixo. Não entrava na minha cabeça que algum amigo tinha falecido, alguns dias depois eu sonhava que tinham reportagens sobre jogadores que tinham sido encontrados vivos depois do incêndio”, disse.
O atleta que foi desligado do Flamengo no dia 8 de janeiro de 2020, também relembrou como foi acordado na noite em que o incêndio aconteceu.
“Lembro que estava dormindo e era dia de treino. Daí eu ouvi um estouro, mas pensei que eram os meninos brincando e virei para o lado, depois peguei no sono novamente e lembro de acordar com o meu amigo que me salvou, me batendo. Se for parar para pensar, consigo lembrar de bastante coisas ruins, mas tento não lembrar, por exemplo, das vozes”, afirmou o atleta que atualmente mora no Paraná.
Cauan Gomes, outro sobrevivente, também foi dispensado pelo Flamengo e hoje é um dos principais do sub-20, do Fortaleza. Ele precisou ser hospitalizado depois do incêndio.
“Estar aqui é uma sensação muito boa e me sinto acolhido por todos: profissionais, colegas e minha família também é daqui. Estou em uma fase da minha vida muito favorável tanto no clube, quanto fora”, disse o atleta que espera a chegada do seu primeiro filho.
Flamengo inaugura capela em homenagem aos garotos do Ninho
O clube carioca inaugurou no dia 8 de fevereiro de 2022, a Capela Ecumênica. Houve uma missa e além dos familiares das vítimas do incêndio, jogadores e Paulo Sousa, atual treinador do Flamengo, estavam presentes.