O secretário-geral da CBF está “esperançoso” sobre a continuidade do futebol em São Paulo. Walter Feldman conversou com Milton Neves, João Paulo Cappellanes e Guilherme Cimatti no Domingo Esportivo da Rádio Bandeirantes.
O governo do estado e a Federação Paulista de Futebol vão se reunir amanhã para tratar sobre o tema.
“Essa decisão pode ser revertida na medida que a gente conquistar a confiança que o retorno é possível. Sei que o governador (João Doria) tem sensibilidade e compreendemos que qualquer medida nesse momento. Mas nós cremos que a reversão dessa medida é possível”, afirmou.
Feldman admitiu que conversou com o governador de São Paulo nos últimos dias.
“Eu sou amigo do governador João Doria há uns 40 anos. Sempre mantivemos uma boa relação. Eu liguei para ele, pedi para ponderar, mandei o resultado do protocolo. Ele mostrou uma enorme preocupação. Então ele fala sobre a pandemia, mas não responde sobre o futebol. Mostrando que está ponderando com sua equipe”, revelou.
“A gente tem de se basear em dados científicos. O relatório diz que a continuidade do futebol protege atletas e comissão técnica. Deu muita orientação sobre o distanciamento e realizou muitos testes”, defendeu.
O secretário-geral da CBF defende que o Campeonato Paulista seja disputado em outro estado, caso o governo mantenha paralisado.
“É uma crise existencial. Mas nós estamos vivendo momentos tão difíceis que adaptações radicais são necessárias. E é transitória. O governador Doria pode recuar? Pode. Quem sabe a gente faça duas rodadas fora do estado. É um momento de compreensão. Ninguém está absolutamente certo ou errado”
Feldman revelou que alguns locais já se prontificaram para o recebimento do Paulistão.
“Minas Gerais. Conversamos muito com o prefeito e ele entende que o futebol tem de continuar. O (Alexandre) Kalil já viveu o lado de cá. O Espírito Santo, o Rio de Janeiro. Estamos conversando com Brasília. Estamos dialogando e apresentando resultados”, disse Walter Feldman.
“Eu sei que o futebol é seguro e necessário”. Essas foram as palavras dele [Alexandre Kalil]”, completou.