Saiba tudo sobre o escândalo de apostas do futebol brasileiro

São 15 investigados até o momento, entre jogadores das Séries A e B do Brasileirão

Lucas Herrero, para o Show do Esporte

A credibilidade do futebol brasileiro está em jogo. A Operação Penalidade Máxima vai ganhando novos capítulos com o avanço das investigações do Ministério Público. A cada evidência, mais jogadores são citados no suposto esquema de manipulação de jogos das Séries A e B. Já são mais de 10 atletas afastados preventivamente pelos clubes ou retirados da última rodada.

Além dos prints de conversas, uma planilha revelou mais detalhes do esquema, com jogadores favorecidos, valores e até sinais, que são os pagamentos antecipados.

Nessa segunda fase são sete atletas indiciados: Eduardo Bauermann, Gabriel Tota, Victor Ramos, Igor Cariús, Paulo Miranda, Fernando Neto e Matheus Gomes. Somando com os oito jogadores da primeira fase da operação, ao todo, 15 profissionais já se tornaram réus.

Além da Justiça comum, no campo desportivo o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) também deve tomar providências a partir da próxima semana.

CBF: futebol não para

No momento, há três lados fundamentais até aqui. A CBF, que garantiu que o futebol brasileiro não vai parar e pediu a participação da Polícia Federal. Por sua vez, o ministro da Justiça, Flávio Dino, acionou a PF, que agora vai centralizar as informações e apurar as fraudes. Enquanto isso, técnicos e jogadores têm que lidar com a situação.

O Grêmio tinha o meia Nathan entre os citados nas conversas dos apostadores quando atuava pelo Fluminense. Mesmo assim, o técnico Renato Gaúcho colocou o jogador em campo contra o Palmeiras. O mesmo procedimento não foi adotado pelo Cruzeiro com Richard, atleta que estaria envolvido na manipulação quando atuava pelo Ceará.

No Santos, Eduardo Bauermann era uma referência no elenco, e a indiciação dele, com prints reveladores, gerou o afastamento do atleta pela diretoria.

No América, Nino Paraíba foi afastado, enquanto Dadá Belmonte e Matheusinho foram citados pelos apostadores. O caso gerou consequências negativas internamente.

Jogadores investigados pela Operação Penalidade Máxima

1ª fase

Romário (ex-Vila Nova)

Joseph (Tombense)

Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá)

Gabriel Domingos (Vila Nova)

Allan Godói (Sampaio Corrêa)

André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano)

Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã)

Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR)

2ª fase

Eduardo Bauermann (zagueiro, Santos)

Gabriel Tota (meia, Ypiranga-rs)

Paulo Miranda (zagueiro, sem clube)

Igor Cariús (lateral-esquerdo, Sport)

Victor Ramos (zagueiro, Chapecoense)

Fernando Neto (volante, São Bernardo)

Matheus Gomes (goleiro, sem clube)

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