Maurício Ruffy diz que derrotou adversário 15 kg mais pesado no UFC 309

Apesar da diferença de peso, brasileiro conseguiu se destacar e teve golpe que lembrou Ronaldinho Gaúcho

Maurício Ruffy, brasileiro promissor do UFC, revelou uma curiosidade chamativa sobre a luta mais recente dele: em entrevista ao programa "O Melhor do UFC", ele disse que enfrentou um adversário 15 kg mais pesado no em Nova York, no UFC 309. Ruffy superou essa diferença e derrotou o peruano James Llontop por decisão unânime dos juízes.

Llontop, que é apelidado de "Goku peruano", só entrou na luta duas semanas antes. Por isso houve um acordo para que eles não precisassem bater o limite do peso leve, que é 70,3 kg. Ambos podiam chegar a 74,8 kg. Ruffy conseguiu fazer isso com tranquilidade. Estava com 74,5 kg no dia da pesagem. Já Llontop estava acima.

"Meu adversário não bateu o peso duas vezes. Mas eu fui lá pra lutar. Falei para o UFC que não importava a dificuldade. Precisava me apresentar. Aceitei a luta, independente do peso. Depois ficamos sabendo que ele estava com 15 kg a mais ali. E foi uma luta que eu também não recuperei o peso tão bem. Mas foi uma experiência muito boa, porque passei por situações que me fizeram passar por situações difíceis, o que me amadureceu. Sinto que isso vai me ajudar na jornada até o cinturão", contou Ruffy.

Ruffy é famoso por sempre vencer com nocautes, mas dessa vez não conseguiu. O peruano chegou a cair mais de uma vez e ficou bastante ferido, mas aguentou firme. Ruffy entende que a questão do peso interferiu na ausência de nocaute dessa vez.

"Não era inteligente eu buscar um nocaute contra um cara tão pesado. A diferença do punch você precisa calcular com essa questão do peso. Não queria botar expectativa apenas no nocaute. Queria fazer a lutar mais segura e tomar decisões inteligentes. Gosto de subir lá e acabar minhas lutas, então não fiquei satisfeito por esse motivo. Mas assistindo a luta depois, vi que tomei as decisões certas"

Outro problema para Ruffy foi a demora para definir um adversário. Muitos lutadores não queriam enfrentá-lo. E ele disse que isso também atrapalhou: "Eu não me mantive ativo como queria. Estava pronto para lutar, mas não aparecia luta"

No fim deu tudo certo e, apesar da falta de nocaute, Ruffy conseguiu alguns momentos de destaque. O maior deles foi quando acertou um soco com o rosto virado para o lado, o que rendeu uma brincadeira com Ronaldinho, jogador de futebol que costumava dar passes fazendo o mesmo gesto.

"A galera me apelidou de Ruffaldinho, eu gostei. Mas não é para tirar onda. Faz parte da técnica. Eu faço o movimento jogando o rosto porque, se ele tentar o golpe, não vai me acertar. Por ser um cara mais pesado, eu batia já puxando rosto. E não tomei nenhum arranhão. Já ele foi direto pro hospital", concluiu.

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