Dois campeonatos paulistas, duas Copas Libertadores e uma Recopa Sul-Americana. A trajetória de Ronielson da Silva Barbosa, o Rony, no Palmeiras tem sido a melhor possível para o atacante. Marcado na história do clube por fazer parte da equipe de Abel Ferreira, o jogador quer aumentar ainda mais o seu legado com a camisa alviverde.
Com o título paulista sobre o São Paulo, Rony chegou a sua quinta conquista no Palmeiras em dois anos de clube. No Paulistão deste ano, foram quatro gols marcados, um deles contra o Bragantino, na semifinal, que rendeu a classificação ao alviverde. O atacante, no entanto, tem números ainda melhores na sua competição preferida: a Libertadores da América.
Em dois torneios continentais pelo Verdão, Rony soma 11 gols marcados e é o segundo maior artilheiro da história na competição, junto com Borja, Tupãzinho e Willian Bigode, e apenas a um tento de igualar Alex como goleador máximo. Para o atleta, conseguir esse feito será um orgulho.
“Será algo incrível para mim. Se isso acontecer e Deus permitir que eu seja o maior artilheiro na Libertadores, lembrarei disso para o resto da vida. Será mais um orgulho para minha carreira. Vou trabalhar bastante para que isso possa acontecer", disse, em entrevista exclusiva ao band.com.br.
O Palmeiras estreia na competição continental nesta quarta-feira (6), contra o Deportivo Táchira, da Venezuela, às 21h (horário de Brasília), fora de casa. Por ser o atual campeão, a equipe de Abel Ferreira será visada pelos rivais, mas está preparada para os desafios, segundo Rony.
“Sempre falamos que precisamos defender o que é nosso. Vamos novamente defender o que é nosso. Óbvio que existem grandes equipes em busca desse título. Não será fácil para gente ser campeão, como nunca foi, mas também não será fácil para eles. Estamos prontos para lutar”, completou o “Senhor Libertadores”.
Rony não deve atuar neste primeiro jogo do Palmeiras no torneio. O jogador, assim como Piquerez, sofreu uma lesão na final do Campeonato Paulista. Sendo assim, um provável Verdão tem Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Gustavo Gómez, Murilo e Jorge; Danilo, Zé Rafael, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa; Dudu e Gabriel Veron.
Veja mais pontos da entrevista com Rony, atacante do Palmeiras:
- Desde a derrota para o São Paulo no Morumbi, a torcida tem apoiado demais o Palmeiras e incentivou do início ao fim, desde o treino que vocês fizeram na Academia de Futebol até o apito final. O quanto isso foi importante para vocês na busca pela virada?
“Nossa torcida tem mudado. Cada vez mais estamos nos unindo. Não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar sempre. Esse é o ponto que não pode faltar em campo. A festa que eles fizeram e o apoio foram fundamentais. Sem a nossa torcida não seríamos tão fortes.”
- Existia a expectativa de vocês jogarem fora do Allianz Parque por conta do show, mas a presidente Leila conseguiu chegar a um acordo para que a final fosse na casa do Palmeiras. Vocês chegaram a pedir para ela manter o palco do jogo? Acredita que jogar no Allianz fez toda a diferença?
“A gente queria jogar em casa. Somos fortes no Allianz. Jogar lá faz diferença, é o nosso campo. A presidente foi fantástica ao fazer toda essa engenharia para que pudesse ter o jogo lá. Nos ajudou muito e conseguimos retribuir com mais um título para o Palmeiras."
- O técnico Abel Ferreira tem rasgado elogios ao seu futebol, Rony, e destacou o quão importante você é para o grupo. Ele é o comandante mais especial que você já trabalhou? Como o Abel foi importante para o seu crescimento dentro do Palmeiras?
"Sim, sim. Todos são, na verdade. Com cada treinador você aprende algo. O Abel é um cara fantástico, que acredita em mim e potencializa meu jogo. Sou muito feliz por ter a oportunidade de trabalhar com ele. É um cara que merece todo esse sucesso, pois trabalha muito em prol do nosso grupo."
Por todas as circunstâncias, sair perdendo pela primeira vez em um mata-mata, ter uma desvantagem de dois gols para ser revertida, ouvir a torcida adversária gritar 'é campeão' antes do final do jogo, foi o título mais saboroso que você conquistou pelo Palmeiras?
“Todo fator adverso foi útil para nós conseguirmos reverter a vantagem deles dentro de casa. Abel pediu para que a gente acreditasse que era possível e tentássemos o nosso melhor. Deu tudo certo e conseguimos sair com mais um título, mostrando a força do nosso grupo."