Próximos de disputar a finalíssima da Copa do Brasil de 2023, São Paulo e Flamengo já fizeram embates históricos. Entre eles, na Copa dos Campeões de 2001, onde O Mais Querido levou a melhor após duas partidas eletrizantes.
Realizada entre 2000 e 2002, a Copa dos Campeões contava com os campeões estaduais e regionais daquele ano (exceto em 2002), e era disputada em sistema de eliminatórias diretas nos estádios Rei Pelé, em Alagoas e Almeidão, em João Pessoa.
Na edição de 2001 participaram:
Bahia – Campeão da Copa do Nordeste
Corinthians – Campeão Paulista
Coritiba – Vice-campeão da Copa Sul-Minas
Cruzeiro – Campeão da Copa Sul-Minas
Flamengo – Campeão Carioca
Goiás – Campeão da Copa Centro-Oeste
São Paulo – Campeão do Rio-São Paulo
São Raimundo – AM – Campeão da Copa do Norte
Sport – Vice-Campeão da Copa do Nordeste
Nos mata-matas, o Mengão passou por Bahia e Cruzeiro, já o Tricolor, por Sport e Coritiba. Na primeira partida, no Almeidão, uma chuva de gols em um 5 a 3 para o Rubro-negro, que dominou a partida e exigiu grandes defesas de Rogério Ceni, com 15 minutos, Edilson já havia aberto o placar para a equipe carioca. Luís Fabiano empatou a partida de cabeça aos 18, mas aos 24 o Fla já estava em vantagem novamente com Reinaldo aos 24 e que ampliou aos 37 com Beto, tudo isso no primeiro tempo.
Na segunda etapa, “sem querer” Edilson marcou o quarto após o zagueiro tricolor chutar a bola em cima do atacante e a redonda terminar nas redes. Aos 14, Rogério Pinheiro recolocou o São Paulo no jogo e Luís Fabiano deixou a esperança viva. De herói a vilão, após jogada de Edilson, Rogério Pinheiro empurrou contra as próprias redes e fechou a conta em 5 a 3 para o Flamengo.
Na segunda partida, no Rei Pelé, o Rubro-negro poderia perder por dois gols que seria campeão, por isso, o São Paulo colocou a jovem promessa Kaka em campo. Foi o jovem que marcou o único gol do primeiro tempo, aos 40.
Na segunda etapa, porém, começou a reação Rubro-negra, logo aos três minutos Juan empatou com uma cabeçada após cruzamento de Petkovic. O sérvio, que meses antes havia dado o título carioca com gol antológico contra o Vasco da Gama, repetiu a dose e aos 13 virou o jogo com uma cobrança no ângulo de Rogério Ceni. Na sequência, Luís Fabiano foi expulso e complicou ainda mais os paulistas.
Somente aos 20 minutos o Tricolor reagiu após cobrança de pênalti de França, que empatou o jogo. A equipe então ganhou folego, cresceu na partida e virou com outro de França aos 44. A equipe paulista ainda perdeu Fabiano, também expulso por reclamação. Após isso, o Malvadão criou uma pressão enorme na partida, mas não conseguiu marcar, o que não foi um problema, já que foi campeão pelo saldo de gols.
As escalações da final em Maceió:
CRF: Júlio Cesar; Alessandro, Juan, Gamarra (capitão) e Cássio; Leandro Ávila, Rocha, Beto e Petkovic; Reinaldo e Edilson. Técnico: Zagallo.
Gols: Juan, 3'/2; Petkovic, 13'/2.
SPFC: Rogério Ceni (Capitão); Belletti, Rogério Pinheiro, Jean e Gustavo Nery; Alexandre Rotweiller, Carlos Miguel, Fabio Simplício e Kaká; Luís Fabiano e França. Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Kaká, 4'/1; França, 20’ e 44'/2.
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas
Público: 26.708 pagantes
Com a conquista, o Flamengo se classificou para a Copa Libertadores de 2002 e chegou ao quinto título de expressão em dois anos, somando as conquistas estaduais de 1999, 2000 e 2001 e a Copa Mercosul de 1999. O título também foi especial para o técnico Zagallo, o Velho Lobo, que conquistou o seu primeiro título em sua cidade natal, Alagoas.