Em um dos lances mais inusitados do futebol brasileiro, o árbitro Maguielson Lima Barbosa marcou um pênalti que, até onde se tem notícia, é inédito no país. O episódio, no duelo entre Flamengo e Criciúma, pelo Brasileirão, foi tão esquisito que causou polêmica, e muitos não entenderam o que levou o juiz a dar a penalidade.
Durante o segundo tempo, quando placar marcava 1 a 1 no estádio Mané Garrincha, em Brasília, uma segunda bola foi atirada ao campo no momento de uma jogada de ataque do Flamengo.
Quando Everton Cebolinha se preparava para finalizar a bola - no caso, a oficial, o volante Barreto, do time catarinense, chutou a outra bola - a "intrusa" - na direção da titular, evitando o arremate do rubro-negro.
Imediatamente, Maguielson marcou a penalidade - para alegria rubro-negra, revolta carvoeira e incompreensão de muitos que assistiam à partida.
Apesar de esquisito, o pênalti foi legal.
De acordo com a regra, é tiro livre direto se alguém "arremessar um objeto na direção da bola". O objeto em questão é a própria bola, só que a não oficial, que naquele contexto não cumpria função de bola. É esquisito, mas é isso. Ou seja, o juiz acertou.
Gabigol foi para a bola - a certa - e anotou o gol do triunfo do Flamengo.
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Barreto admite
"Foi um lance bizarro. Foi instinto", admitiu Barreto depois do jogo, em entrevista ao Sportv.
O volante explicou que não sabia que o que fez é ilegal.
"Quando eu vi a segunda bola em campo, eu tinha na cabeça que duas bolas envolvendo o lance não podia. Eu chutei contra o adversário realmente para o juiz notar que tinha duas bolas, então claro não sabia que iria ser pênalti, se não eu não faria", explicou.