Um dia após seu último jogo na carreira, atuando pelo Ceará contra o Botafogo, o goleiro Fernando Prass falou com exclusividade para a Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (26) sobre sua decisão de pendurar as luvas.
Aos 42 anos, o goleiro explicou que esse é o melhor momento para parar de jogar, após planejamento. Por isso, ele diz não estar triste com essa nova fase na vida.
“Triste, não. Até porque eu planejei esse momento. Foi uma decisão minha, junto com minha família. Eu já vinha amadurecendo isso desde o meio de 2019. Na minha vida tudo foi muito planejado. Eu sou um cara muito metódico. Eu sabia que uma hora isso ia acontecer. Eu fui muito acima da média em termos de longevidade. Obvio que é difícil você parar de fazer alguma coisa que você ama e que é uma rotina desde 1991”, afirmou.
Com a experiência de duas décadas no futebol brasileiro, Prass critica o formato do calendário do futebol brasileiro.
“Eu adoro treinar e adoro jogar. Mas viagens e concentrações realmente são complicadas. Isso desgasta muito. É uma exigência absurda, física e mental. Com essa quantidade de jogos absurda e com os times que precisam se deslocar mais, isso pesa mais. É uma desvantagem. É só olhar a quantidade de clubes do Nordeste que tem na primeira divisão. Uma coisa que precisa ser revista é o calendário brasileiro”, completou.
Ídolo do Palmeiras, onde foi decisivo no título da Copa do Brasil de 2015, além de nome importante na reconstrução do clube a partir da campanha vitoriosa da Série B de 2013 e parte do elenco nas taças conquistadas do Brasileirão 2016 e 2018, Fernando Prass ainda não pensou se aceitaria ter um jogo de despedida no Allianz Parque.
“É tudo muito recente. Eu parei de jogar em menos de 24 horas. Ainda estou assimilando as coisas. Entrando na realidade. E eu não parei para pensar em nada. No que vou fazer agora que parei. Vou fazer como sempre fiz na minha vida: deixar as coisas acontecerem e aproveitando as oportunidades”, finalizou.