Em entrevista ao Band Esporte Clube, Rayssa Leal revelou detalhes de sua recente vitória na etapa de Salt Lake City da Liga Mundial de Skate com direito a uma nota 8,5 (a maior da competição) na última manobra para virar contra a japonesa Funa Nakayama
“Era quase impossível eu conseguir essa nota a não ser que eu tentasse o flip rock (kickflip rock slide) que minha mãe tinha me falado desde quando eu cheguei. ‘Rayssa, você vai precisar’. E eu dizia: ‘Mas mãe, não dá, esse corrimão é muito estranho’”, disse a jovem de 13 anos.
“Mas na final fui pro tudo ou nada. Era tentar o flip rock ou do contrário eu não ganharia. Pensei numa frase que minha avó sempre fala: Deus vai na minha frente. Aí desci e não tinha como voltar mais. Joguei pra cima e encaixou certinho”, completou.
O resultado manteve Rayssa em ótima fase num momento em que ela ainda digere a histórica medalha de prata nos Jogos de Tóquio na estreia do skate em Olimpíadas. “Sempre quando vejo as imagens eu penso ‘meu Deus consegui trazer uma medalha pro Brasil’”, brincou a skatista, que virou uma verdadeira xodó da torcida no Japão.
“Sempre tive o sonho de conseguir o primeiro milhão de seguidores nas redes sociais. Aí quando acabou a semifinal me perguntaram sobre a sensação de ter 3,5 milhões de seguidores. E eu: ‘Gente, como assim?’ Fiquei muito feliz. Esse carinho, essa torcida e esse apoio dos brasileiros foi especial e me ajudou muito”.
Rayssa ainda falou que sabe da responsabilidade de defender a prata em Paris-2024, mas que espera “se divertir” como sempre para buscar mais um pódio. Independentemente dos resultados, a Fadinha já comemora ser um exemplo para muitas crianças.
“Ver mais meninas começando a andar de skate é muito importante para mim e para as atletas que estão há mais tempo. Acho superfofo e fico superfeliz quando vejo meninas vestidas de fadinha pegando o skate e começando a andar, quebrando o preconceito em relação a meninas no esporte e meninas no skate”, concluiu.