Rafinha revela mágoa com Tite na Seleção: 'Faltou com a palavra comigo'

Lateral do São Paulo relembrou conversas encaminhadas para jogar na Alemanha campeã do mundo e lamentou a falta de sequência na Seleção, algo prometido por Tite

Da Redação

O lateral-direito Rafinha, do São Paulo, revelou ao Podcast Denílson Show que ainda guarda mágoa de Tite. O jogador afirma que o técnico "faltou com a palavra" nos tempos de Seleção Brasileira.

O lateral-direito lembrou uma conversa por telefone em que pediu ao então técnico da Seleção Brasileira por uma sequência de convocações para se firmar na posição. Caso contrário, o jogador preferiria não ser lembrado. Segundo o lateral, quem tomou a iniciativa de telefonar foi o técnico, para consultar Rafinha sobre uma eventual convocação.

"Eu disse: ‘Eu quero, sim, jogar na Seleção, mas desde que você me der uma sequência. Eu nunca tive sequência, foi por isso que pedi para ser desconvocado’”, disse Rafinha para Tite.

Um fator que aborreceu Rafinha é que, segundo ele, Tite seguia alimentando o sonho e a esperança do lateral durante as coletivas de imprensa, citando como provável opção na briga pela posição.

“Nas entrevistas coletivas ele ficava alimentando meu nome, me dando esperança, mas não me convocava. Faltou com a palavra comigo. O Tite sabe dessa mágoa que tenho com ele porque faltou com a palavra comigo", contou.

Rafinha revelou que, na mesma época, foi procurado por companheiros de Bayern de Munique e até mesmo pelo próprio técnico da seleção da Alemanha, Joachim Löw, para se naturalizar alemão. O jogador admitiu que estava decidido a aceitar a proposta.

“Eu estava decidido [em me naturalizar alemão]. Eu estava tão zangado, tão frustrado de não ser convocado depois da Copa de 2014 nenhuma vez… Não me arrependo de pedir para ser desconvocado em 2015. Me arrependi de ter voltado para Seleção em 2017, porque o Tite me ligou e falou que ia me dar oportunidade”, disse Rafinha.

“Depois da safra do Daniel [Alves] e do Maicon, eu acho que deveria ter recebido mais oportunidades. Depois de 2014 teve a situação do treinador da seleção alemã [Joachim Low] que queria que eu me naturalizasse alemão para jogar por lá. Aí comecei a virar a chave, falei: 'Vou jogar pela Alemanha, no Brasil não sou convocado'”, completou ao podcast.

Rafinha lembrou que foi criticado internamente no Bayern de Munique, por Pep Guardiola e Franz Beckenbauer, ídolo do clube. Após o ciclo para a Copa em solo brasileiro se encerrar, o lateral disse que se sentiu frustrado por ser lembrado somente depois do Mundial, mas que não se arrepende. 

Após dividir a 'frustração traumática' do passado com o Tite, Rafinha ficou na expectativa de uma compreensão melhor do caso dele por parte do treinador. O lateral são-paulino disse que foi lembrado poucas vezes no ciclo. 

“Ele me convocou nas férias para jogos contra Argentina e Austrália. Aí eu pensei: ‘ótimo, sinal de que vai me convocar nessa e em outras’. Ele me colocou faltando uns quatro, cinco minutos contra a Argentina e como titular contra a Austrália. Um mês depois ele chamou Fagner e Danilo. Eu disse que não precisava me convocar se não fosse me dar sequência, já passei por isso em 2015. Aí eu 'larguei'. Quando saiu a convocação para Copa de 2018 eu 'larguei'", narrou Rafinha, que disputou apenas quatro jogos oficiais pela Seleção.

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