Quem foi Walewska, campeã olímpica de vôlei que morreu aos 43 anos

Ex-jogadora foi campeã olímpica em Pequim-2008 e se aposentou do vôlei na temporada 2021/22

Da redação

Wal, como era conhecida, tinha 43 anos e participou da conquista do ouro olímpico, em Pequim-2008. Ela era considerada uma das maiores meio de rede do vôlei brasileiro.

Revelada pelo Minas Tênis Clube na década de 1990, Wal começou a jogar vôlei aos 12 anos. Aos poucos, já mais velha, foi se transformando em uma das principais atletas do vôlei brasileiro. Embora tenha sido campeã olímpica e bronze em Sydney-2000, a ex-jogadora não teve uma longa carreira na Seleção.

Por escolha própria, ela se aposentou do time verde e amarelo aos 28 anos. Ela entendia que a rotina para defender a Seleção era muito desgastante e estava a afastando da família. Ela seguiu jogando em clubes até os 42, no fim da temporada 2021/22, e ainda assim deixou um grande legado na modalidade.

Vi que estava perdendo um pouco a vida com a minha família, porque morava fora do Brasil e, quando vinha, três dias depois eu estava em Saquarema treinando com a Seleção. Então, tive que tomar uma decisão, e minha família era a prioridade. Resolvi deixar a Seleção para continuar desbravando o vôlei fora do Brasil, que era o que me alimentava naquele momento - Walewska Oliveira, em entrevista à ESPN.

Walewska Oliveira defendeu diversos clubes ao longo da carreira, como Minas, Osasco e Praia Clube, onde se aposentou.

Pilar de uma das gerações mais vitoriosas do vôlei feminino do Brasil, Wal teve algumas experiências em Jogos Olímpicos. Em Pequim-2008, a central fez parte da conquista do primeiro ouro olímpico feminino. Ela ainda foi bronze em Sidney-2000 e ficou com o quarto lugar em Atenas-2004.

Visita a Abel Ferreira

No início da semana, a ex-jogadora foi à Academia de Futebol do Palmeiras e conheceu o técnico Abel Ferreira. Na visita, eles fizeram uma troca de livros ("Volta Extra: temporada 2022", de Abel, e "Outras Redes", biografia de Walewska) e criaram um laço. A ex-jogadora disse até que torceria para o Alviverde.

Ontem, após a derrota para o Grêmio, o português falou sobre a morte da atleta. “Quando me disseram, eu nem acreditei. Fiquei incrédulo. E acho mesmo que não vale a pena me chatear com futebol. Vários treinadores já me disseram isso. Tive uma conversa com o Ancelotti (técnico do Real Madrid) e adorei o que ele me disse. Tenho conversas com treinadores que me dizem que tens que aprender a desfrutar o futebol, não tens que levar tão a sério, só dar o teu melhor, porque é verdade que estamos todos na fila”, afirmou Abel.

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