Elina Svitolina conseguiu um feito notável na quadra central de Wimbledon nesta terça-feira (11): a tenista ucraniana, número 76 do ranking, venceu a polonesa Iga Swiatek por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 6/7 (7) e 6/2, e avançou para a semifinal do grand slam britânico.
Diferentemente do que pode sugerir a posição de Svitolina no ranking da WTA, a ucraniana não é ‘zebra’, mas consegue um resultado relevante diante da atual número 1 do mundo.
O feito fica ainda mais relevante se analisado o contexto. Elina Svitolina, que já foi top-3 da WTA, em setembro de 2017, é uma das principais jogadoras do circuito. Só que ela ficou pouco mais de um ano sem jogar profissionalmente por causa da gestação de sua primeira filha, a pequena Skai, fruto do casamento com o tenista francês Gael Monfils.
A ucraniana de 28 anos, que foi mãe em outubro de 2022, afastou-se do circuito também por causa da guerra entre seu país e a Rússia. Em entrevista ao NY Times em janeiro deste ano, ela disse que o confronto armado mexeu com o seu psicológico e foi preciso fazer uma pausa na carreira.
Não toquei em uma raquete por sete meses. Eu queria me desligar do tênis. Eu quis me afastar por causa do que aconteceu no final de fevereiro [de 2022], e todo o nervosismo e toda a pressão [da guerra]. Os torneios que joguei provavelmente foram demais para mim mentalmente, então fiquei muito feliz em desligar completamente – Svitolina ao NY Times.
Afastada das quadras, a ucraniana despencou no ranking da WTA. Ela saiu de um top-3 para a 238ª posição. Agora, de volta ao circuito profissional e à semifinal de Wimbledon, Elina Svitolina deve subir algumas posições.
O triunfo diante da polonesa Iga Swiatek, melhor do mundo na atualidade, faz com que a tenista da Ucrânia retorne à semifinal de Wimbledon. Ela tem esta fase como melhor desempenho da carreira, na edição de 2019, e tenta o título inédito na grama britânica.
Vencedora de 17 títulos na carreira, Svitolina ainda tenta a primeira conquista de um grand slam. Ela já foi semifinalista de Wimbledon e do US Open (ambos em 2019), mas nunca conseguiu o troféu de um major.