Qual é o valor pago para os árbitros de futebol no Brasil? A quantia desembolsada pela CBF varia conforme a função e a competição em que o profissional atua.
Na Série A do Brasileirão, por exemplo, um árbitro Fifa recebe R$ 6,9 mil por jogo. Quem é vinculado à CBF ganha R$ 5 mil por partida.
Os valores, no entanto, são menores para árbitros das séries menores e ainda variam para assistentes e árbitros de vídeo (confira os valores atualizados na tabela abaixo).
Vale ressaltar que a arbitragem no Brasil não é profissionalizada. Ou seja, os juízes de futebol costumam ocupar outras funções no dia a dia. Esta, inclusive, é uma pauta recorrente, e a categoria luta por profissionalização para ter melhores condições de trabalho.
Série A
- Árbitro: R$ 6,9 mil (Fifa) e R$ 5 mil (CBF)
- Assistentes e VAR: R$ 4,1 mil (Fifa) e R$ 3 mil (CBF)
Série B
- Árbitro: R$ 5,4 mil (Fifa) e R$ 3,6 mil (CBF)
- Assistentes e VAR: R$ 3,2 mil (Fifa) e R$ 2,1 mil (CBF)
Série C (1ª fase)
- Árbitro: R$ 4 mil (Fifa) e R$ 1,9 mil (CBF)
- Assistentes: R$ 2,4 mil (Fifa) e R$ 1,1 mil (CBF)
Série C (2ª fase)
- Árbitro: R$ 4,9 mil (Fifa) e R$ 3,4 mil (CBF)
- Assistentes e VAR: R$ 2,9 mil (Fifa) e R$ 2 mil (CBF)
Série D (1ª fase)
- Árbitro: R$ 3,1 mil (Fifa) e R$ 1,3 mil (CBF)
- Assistentes: R$ 1,9 mil (Fifa) e R$ 770 (CBF)
Série D (mata-mata)
- Árbitro: R$ 4,6 mil (Fifa) e R$ 3,3 mil (CBF)
- Assistentes e VAR: R$ 2,7 mil (Fifa) e R$ 2 mil (CBF)
Como se tornar árbitro de futebol?
Segundo a CBF, para se tornar um árbitro de futebol no Brasil é necessário:
- Ter ensino médio completo;
- Ter capacidade de realizar atividades físicas de alto rendimento;
- Não ter restrições físicas ou cardiológicas;
- Fazer curso de arbitragem, disponíveis nas associações de futebol locais (a exemplo da Federação Paulista de Futebol) ou federações nacionais (a própria CBF).
Quantos jogos um árbitro apita por mês?
Não existe um número exatos de jogos que um árbitro apita por mês ou por ano. O volume de participações varia conforme a relevância dos profissionais, já que as escalas são definidas pela Comissão de Arbitragem da CBF.
No Brasileirão de 2022, por exemplo, 20 árbitros foram escalados ao longo das 38 rodadas, ou 380 jogos. Em 2023, o número de juízes na Série A foi ainda menor: 17. A escolha, cada vez mais restrita a alguns nomes, virou preocupação na Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF).
“Infelizmente, piorou a concentração de escalas da Série A em poucos profissionais, tanto em campo, como no VAR. A consequência disso é extremamente nefasta ao futebol brasileiro, pois impede a renovação da nossa arbitragem. A distribuição das escalas, nas seis primeiras rodadas, evidenciam que a Comissão Nacional de Arbitragem tem trabalhado apenas a favor de um seleto grupo de árbitros e assistentes, sem critérios e transparência do porquê disso, em detrimento da maioria dos profissionais do quadro de árbitros da CBF”, afirmou a associação no início de 2023.