O presidente do São Paulo, Julio Casares, comentou neste domingo (19), no 3º Tempo, da Band, o acordo do clube com Daniel Alves. O lateral-direito rescindiu com o Tricolor, que se comprometeu a pagar a dívida de milionária em cinco anos. Já o jogador fica livre para assinar com outro clube, e o Flamengo foi um dos destinos especulados durante a semana.
Questionado sobre a possibilidade de ver Daniel reforçando um rival, Casares disse manter boa relação com o lateral e desejou boa sorte.
“Que ele seja feliz se for para o Flamengo ou outro clube”, declarou Casares.
Daniel Alves fez somente seis jogos com a camisa do São Paulo no Brasileirão, o que o deixa livre no mercado. A rescisão ainda foi feita antes do dia 24 de setembro, data limite para inscrições. A situação, incômoda para a torcida, tem uma explicação, segundo o dirigente.
Casares afirmou que, caso esperasse mais, Daniel Alves poderia ir à Justiça Trabalhista e obter a liberação com uma liminar. E o clube ainda teria que pagar mais do que as 60 parcelas de R$ 416 mil mensais.
“Ele poderia na Justiça do Trabalho conseguir uma liminar, ir para outro clube, e fica com contrato. O São Paulo é devedor. Poderia ter sido três, quatro veze mais se ele fosse para a Justiça”, afirmou Casares.
“Foi um ato de responsabilidade”, completou o presidente, para quem o São Paulo vai pagar um valor “razoável” em comparação com o montante caso Daniel Alves decidisse executar a totalidade do contrato.
“E ele tinha direito”, ressaltou o dirigente.
Sem marketing, com pandemia: sem Daniel Alves
De acordo com Casares, a diretoria anterior previa assinar dois contratos de marketing – um interno e outro externo – para o pagamento do salário de R$ 1,5 milhão de Daniel Alves. Os projetos não saíram, e o Tricolor teve que arcar com a integralidade dos valores.
Para piorar, a pandemia de Covid-19 paralisou o futebol e zerou as receitas de bilheteria. Além disso, o apetite dos clubes europeus por reforços diminuiu, atingindo uma parte importante da previsão de orçamento dos brasileiros. O cenário acabou forçando a rescisão e o acordo com Daniel Alves.
“Toda contratação deve ter suporte no orçamento”, disse. “O São Paulo não fez um plano”, completou.