Polícia realiza nova perícia no carro do jogador Marcinho

Clara Nery, da BandNews FM Rio

Lateral abandonou o carro perto do local do atropelamento de casal
Reprodução

O carro do jogador Marcinho passou por uma outra perícia nesta quinta-feira (7). A nova análise, feita a pedido do delegado Alan Luxardo, pode ajudar a Polícia Civil a determinar qual era velocidade do veículo no momento em que o ex-lateral do Botafogo atropelou um casal de professores. As informações são da BandNews FM Rio.

O acidente aconteceu no último dia 30 de dezembro, no Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Alexandre Silva de Lima morreu no local, enquanto Maria Cristina não resistiu aos ferimentos após sete dias internada.

Marcinho vai responder por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O atleta de 24 anos prestou depoimento na última segunda (4) e admitiu que atropelou o casal, cinco dias após o acidente. Ele também contou que fugiu do local porque ficou com medo de ser agredido.

Na última quarta-feira (6), amigos e parentes do atleta foram ouvidos na delegacia. Eles negam que o acusado tenha ingerido álcool no dia do acidente. Uma testemunha afirmou ter visto uma pessoa retirar garrafas de bebida alcoólica do veículo, após o atropelamento.

Caso semelhante

Um outro caso recente de acidente de trânsito que ganhou repercussão foi o do surfista Felipe Cesarano, conhecido como "Gordo". Ele perdeu o controle do veículo na autoestrada Lagoa-Barra, invadiu a pista contrária e bateu de frente com um carro. O motorista do outro veículo, o sargento da Marinha Diogo da Silva, morreu na hora.

Apesar de ter sido comprovada a embriaguez do atleta, ele foi indiciado por homicídio culposo. Preso em flagrante, ele foi solto na audiência de custódia. Para o advogado especialista em trânsito Márcio Dantas, caso as mudanças no Código de Trânsito Brasileiro já estivessem valendo, a decisão da Polícia Civil seria mais rígida no caso de Felipe Cesarano.

A nova lei de trânsito sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 2020 entra em vigor em abril de 2021.

Uma das principais mudanças aprovadas no Congresso prevê que, em casos de lesão corporal e homicídio causados por motorista embriagado, mesmo que sem intenção, a pena de reclusão não pode ser substituída por outra mais branda, que restringe direitos.

Atualmente, a legislação diz que a prisão pode ser substituída por penas restritivas de direitos se o crime for culposo.

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