Na última quarta-feira, 26, um torcedor do Boca Juniors foi preso após imitar gestos de macaco para os torcedores do Corinthians, na NeoQuímica Arena, em jogo válido pela Libertadores. O homem foi preso ainda dentro do estádio, mas pagou uma fiança de R$ 3 mil na manhã seguinte e foi liberado.
César Saad, delegado responsável pelo caso, participou do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira, 28, e afirmou que as autoridades da Argentina estão procurando em sua legislação uma forma de punir o homem que comentou racismo.
“As autoridades argentinas estão empenhadas em verificar na sua legislação o que pode ser feito. Eles também estão indignados com essa postura, sempre que tem um Brasil e Argentina, seja até mesmo com a seleção, acaba tendo esse tipo de comportamento por parte deles”, disse.
Segundo o delegado, além das autoridades, os jornais argentinos também estão indignados com a situação, ainda mais por ser a segunda vez que o crime ocorre. Na última semana, torcedores do River Plate-ARG arremessaram bananas para a torcida do Fortaleza.
“Não só as autoridades argentinas, mas os jornais locais estão indignados com a postura do torcedor. E é algo recorrente, há 15 dias arremessaram bananas contra a torcida do Fortaleza e ontem os torcedores do Palmeiras foram chamados de macacos, ou seja, isso não para e é repugnante”, destacou.
Após ser liberado, o homem apareceu em uma foto com a legenda “aqui nada se passa” e um emoji de macaco, cometendo o crime de injúria racial.