Polícia argentina discute punição para homem que imitou macaco para corintianos

Crime aconteceu no Brasil durante a partida entre Corinthians e Boca Juniors, pela Libertadores

Por Gabriela Santos

Leonardo Ponzo foi preso após atos racistas na Neo Química Arena Reprodução
Leonardo Ponzo foi preso após atos racistas na Neo Química Arena
Reprodução

Na última quarta-feira, 26, um torcedor do Boca Juniors foi preso após imitar gestos de macaco para os torcedores do Corinthians, na NeoQuímica Arena, em jogo válido pela Libertadores. O homem foi preso ainda dentro do estádio, mas pagou uma fiança de R$ 3 mil na manhã seguinte e foi liberado.

César Saad, delegado responsável pelo caso, participou do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira, 28, e afirmou que as autoridades da Argentina estão procurando em sua legislação uma forma de punir o homem que comentou racismo.

“As autoridades argentinas estão empenhadas em verificar na sua legislação o que pode ser feito. Eles também estão indignados com essa postura, sempre que tem um Brasil e Argentina, seja até mesmo com a seleção, acaba tendo esse tipo de comportamento por parte deles”, disse.

Segundo o delegado, além das autoridades, os jornais argentinos também estão indignados com a situação, ainda mais por ser a segunda vez que o crime ocorre. Na última semana, torcedores do River Plate-ARG arremessaram bananas para a torcida do Fortaleza.

“Não só as autoridades argentinas, mas os jornais locais estão indignados com a postura do torcedor. E é algo recorrente, há 15 dias arremessaram bananas contra a torcida do Fortaleza e ontem os torcedores do Palmeiras foram chamados de macacos, ou seja, isso não para e é repugnante”, destacou.

Após ser liberado, o homem apareceu em uma foto com a legenda “aqui nada se passa” e um emoji de macaco, cometendo o crime de injúria racial.

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