Caso Cuca: veja o que foi dito até agora sobre condenação de estupro

Cuca lida com pressão desde que acertou com o Corinthians; confira o que foi dito até agora

Da redação

Cuca vê a pressão aumentar desde que foi anunciado como técnico do Corinthians. Os pedidos pela saída do treinador acontecem por causa de um caso de estupro em que ele esteve envolvido em 1987, em Berna, na Suíça.

O técnico foi anunciado pelo Timão na última quinta-feira (20). Desde então, Cuca foi apresentado e comandou a equipe contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro.

Extracampo, porém, a cobrança aumenta. Cuca convive com pressão da torcida, da imprensa e até dentro do próprio clube – as jogadoras do time feminino, por exemplo, emitiram uma nota nas redes sociais que foi interpretada como uma indireta ao treinador e ao presidente Duilio Monteiro Alves.

A seguir, veja uma linha do tempo do que foi dito até agora sobre a condenação de estupro de Cuca.

Quinta-feira – 20 de abril

O post de anúncio do novo técnico do Corinthians foi tomado por comentários negativos. Diversos torcedores se manifestaram contra a decisão do presidente Duilio.

A indignação se deu por causa do caso policial envolvendo o treinador e outros três jogadores do Grêmio ainda na década de 1980. Eles foram acusados de estuprar uma menina de 13 anos, em Berna, na Suíça, em 1987. O treinador nega – entenda o caso de estupro envolvendo Cuca.

Sexta-feira – 21 de abril

Treinador é apresentado sob protestos. Torcedores foram à porta do CT Joaquim Grava e protestaram contra a chegada do técnico Cuca. Além de cantos contra ele e a diretoria do Timão, os torcedores estenderam faixas com os dizeres "Fora Cuca" e "Respeita as minas?".

Enquanto isso, na coletiva, Cuca foi bombardeado sobre o assunto. Ele falou abertamente sobre o caso e disse ser totalmente inocente. Para se defender, o treinador disse que, à época, não foi reconhecido pela vítima.

Domingo – 23 de abril

As jogadoras do time feminino do Corinthians publicaram um texto nas redes sociais para fortalecer o movimento "Respeita as Minas", uma das bandeiras do clube em defesa da mulher.

A nota foi publicada durante o jogo do time masculino contra o Goiás, a estreia do técnico Cuca no comando da equipe. O Timão foi derrotado por 3 a 1.

“Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. "Respeita as Minas" não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians significa viver e lutar por direitos todos os dias”, diz a nota das jogadoras.

Técnico da equipe feminina, Arthur Elias disse na segunda-feira (24) que o manifesto assinado pelas jogadoras não foi direcionado a Cuca.

“Acho que é importante colocar, explicar melhor para o nosso torcedor, para a sociedade, algo que ficou muito mal-entendido. (...) O grupo de atletas quis fazer um posicionamento sobre o tema, elas falam de maneira geral, se orgulham do que é vestir essa camisa do Corinthians, não foi nenhum tipo de manifesto, protesto, as meninas não personalizaram em nenhuma pessoa, não é na figura do Cuca, na figura do nosso presidente, só que há uma interpretação e foi muito mal interpretado tanto pela imprensa quanto pelos nossos torcedores. Isso tem que ser corrigido”.

Segunda-feira – 24 de abril

Diante da pressão em cima do técnico, surgiu a informação de que ele poderia ter entregado o cargo para o presidente do Corinthians. Em contato com a reportagem da Band, Cuca negou a saída e disse estar trabalhando para melhorar o desempenho da equipe.

Aproveitando que teria uma reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians na noite da segunda, um grupo de torcedores fez novo protesto contra Cuca e a diretoria. Segundo o "Meu Timão", cerca de 25 pessoas foram à sede do clube e usaram sinalizadores para pedir a saída do treinador. Eles também reafirmavam que o Corinthians é "um time do povo" e "o povo é quem vai fazer o time".

Terça-feira – 25 de abril

Na tarde da terça-feira, o “UOL” publicou uma entrevista com o advogado Willi Egloff, que representou a vítima de estupro em 1987. À reportagem, ele disse que a menina reconheceu Cuca como um dos agressores e que o sêmen dele foi usado como prova. Na apresentação, o treinador disse que ele não foi reconhecido pela vítima.

“A declaração de Alexi Stival [o Cuca] é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor”, disse o advogado Willi Egloff ao “UOL”.

Após a repercussão da entrevista, Cuca emitiu uma nota – veja o pronunciamento completo. O técnico do Timão diz que só vai falar publicamente sobre o caso por meio de seus advogados. Ele contratou um escritório com representantes na Suíça para se defender.

“O treinador Cuca esclarece que está totalmente concentrado e empenhando toda a sua energia para o jogo decisivo que o time enfrentará amanhã e, diante das notícias veiculadas nos últimos dias a seu respeito, comunica que a partir desta nota, ele se manifestará e será representado exclusivamente por meio de seus advogados que contam com representantes na Suíça”, diz um trecho da nota de Cuca.

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