A Justiça de São Paulo determinou a penhora da Arena do Grêmio nesta terça-feira (13). A decisão da juíza Adriana Cardoso dos Reis ocorre por conta de dívidas na construção do estádio.
O pedido foi feito por Banco Santander, Banco do Brasil e Banrisul, financiadores da Arena do Grêmio, e cita a Arena Porto Alegrense, administradora do local, e a Karagounis, empresa controlada por um fundo de investimentos imobiliários. A informação foi divulgada inicialmente por Jocimar Farina, em GZH.
A seguir, veja o que se sabe sobre a penhora da Arena do Grêmio.
Penhora da Arena: cabe recurso?
A ação referente à arena gremista corre na 37ª Vara do Foro Central de São Paulo. Na decisão de penhora, a juíza não cita apenas o imóvel, mas também o direito de superfície. Ainda cabe recurso da Arena Porto Alegrense, administradora do estádio.
Ao ‘ge’, a Arena Porto Alegrense emitiu uma nota, e disse que a ação “trata-se de um procedimento técnico inerente ao processo”.
Além disso, a administradora diz que “o imóvel Arena só pode responder por 8% da dívida, conforme estipulação contratual” e que os assuntos estão sendo discutidos judicialmente.
Qual é a dívida da Arena do Grêmio?
Os bancos Banrisul, Banco do Brasil e Santander cobram da Arena Porto Alegrense um montante de R$ 226,39 milhões referentes aos financiamento do estádio, já contando multas e juros.
Na época da construção, cada banco repassou R$ 70 milhões para a Arena Porto Alegrense, com a promessa de pagamento em 100 parcelas, de 2013 a 2021. Alguns compromissos, porém, não foram cumpridos, o que resultou na ação. Apenas R$ 66 milhões foram pagos até o momento, e os bancos cobram os valores desde o ano passado.
O que é penhora de bens?
A penhora é uma forma de garantir que o devedor pague a dívida por meio da retração de bens. Sendo assim, o bem selecionado será desapoderado de seu dono para ser realizado o pagamento da dívida.
Neste caso, o imbróglio é ainda maior. O Grêmio não realizou a troca de chaves com as empresas, então ainda detém a área do Estádio Olímpico e não a da Arena do Grêmio, que estava alienada como garantia para os financiadores (os bancos citados acima).