O Palmeiras anunciou neste domingo (28) que não jogará mais no seu estádio, o Allianz Parque, até que o gramado sintético receba melhorias. Em comunicado, o clube reclama do estado do campo sintético e cobra que a Real Arenas, empresa constituída pela WTorre, realize uma manutenção.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que, em razão das atuais condições do gramado do Allianz Parque, somente voltará a mandar jogos no estádio quando a Real Arenas honrar com a sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo”, afirma o clube em nota divulgada após a vitória por 2 a 1 sobre o Santos, no Allianz, pelo Paulistão.
O clube justifica a decisão afirmando que não colocará “em risco a integridade física de profissionais”, do Palmeiras e dos adversários, e ameaça pedir a interdição do estádio “junto aos órgãos competentes” caso a empresa “insista em protelar a solução necessária para este grave problema”.
Além de jogos, o estádio tem tem eventos musicais marcados para os dias 6 e 7 de fevereiro.
Calor é o culpado, diz empresa
Mais cedo, a Soccer Grass, empresa responsável pelo sintético do Allianz Parque, informou que fará uma troca no gramado do estádio do Palmeiras. A empresa alegou que as altas temperaturas têm causado o derretimento do termoplástico.
“Em função das elevadas temperaturas, como todos tem acompanhado, inclusive passando muito da média histórica da cidade de São Paulo, o termoplástico colocado na composição da formação do gramado sintético do Allianz Parque, tem apresentado um problema já identificado, onde ocorre o fato desse termoplástico derreter e se tornar uma pasta", disse em nota.
A empresa alegou que o gramado foi vistoriado e aprovado pela equipe técnica da FIFA ao longo de quatro anos. Recentemente, o gramado tem sido alvo de muitas críticas, inclusive do treinador Abel Ferreira que pediu a troca.
Leia o comunicado do Palmeiras na íntegra:
“A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que, em razão das atuais condições do gramado do Allianz Parque, somente voltará a mandar jogos no estádio quando a Real Arenas honrar com a sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo.
Importante salientar que o problema não é a grama sintética, implementada justamente com o intuito de oferecer aos atletas um piso sempre em perfeitas condições, mas o descaso da superficiária com a qualidade do campo, que exige melhorias urgentes.
Em função da irresponsabilidade de terceiros, não temos o direito de colocar em risco a integridade física de profissionais – sejam do Verdão, sejam das equipes adversárias.
Caso a superficiária do Allianz Parque insista em protelar a solução necessária para este grave problema, exigiremos junto aos órgãos competentes a interdição da arena.”