Palmeiras oferece menos que o Grêmio quer por Villasanti e terá concorrência do Flamengo

Meia paraguaio aparece como 'plano B' para o Alviverde, que também tenta contratar Andreas Pereira

Por Estadão Conteúdo

Villasanti, do Grêmio, está na mira do Palmeiras
LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

O Palmeiras quer o paraguaio Mathías Villasanti para seu elenco em 2025. Após sondar o jogador no meio do ano passado, o clube concretizou uma proposta de 8,5 milhões de euros (R$ 54,2 milhões), valor considerado abaixo do que o Grêmio quer pelo atleta.

Além de aumentar a quantia, os palmeirenses terão a concorrência do Flamengo. Oficialmente, a direção gremista nega que haja qualquer proposta.

Os cariocas ainda não formalizaram uma oferta, mas têm interesse em levar o volante de 27 anos para o Rio. É especulado que o Grêmio exija 15 milhões de euros (R$ 95,6 milhões). Entretanto, o Estadão apurou que 10 milhões de euros (R$ 63,7 milhões) já seriam suficientes para o Palmeiras tirar o jogador de Porto Alegre.

No Palmeiras, Villasanti é sonho antigo, mas pode também ser 'plano B' diante da dificuldade em contratar Andreas Pereira, do Fulham. O paraguaio disputaria vaga com Richard Ríos. Já no Flamengo, o meia tenderia a jogar ao lado de Gerson, tomando o lugar de Pulgar ou do garoto Evertton Araújo.

Em entrevista ao programa La Grand Jugada, da rádio paraguaia Rock & Pop, o empresário do atleta, Renato Bittar, comentou o bastidor das negociações. 

"Temos conversado. Não é fácil, porque ele é o capitão do Grêmio. Isso é algo que o novo técnico (Gustavo Quinteros) pediu, que ele não saísse. Mas temos conversado sobre isso, é real, e provavelmente continuaremos conversando", disse Bittar, que também representa o zagueiro palmeirense Gustavo Gómez.

Villasanti chegou ao Grêmio em 2021, contratado junto ao Cerro Porteño. Na época, o Palmeiras também tentou a contratação do meia. Rapidamente, o atleta se firmou como uma das referências do time tricolor. A relação dos representantes do paraguaio com o Grêmio, porém, não são tão harmônicas.

Entre o final de 2023 e começo de 2024, procuradores de Villasanti queriam que ele fosse mais valorizado. O jogador recebia R$ 250 mil mensais. Após negociações tensas, o Grêmio cedeu e elevou os vencimentos do atleta para R$ 550 mil, igualando os maiores salários do elenco. O vínculo foi estendido até o fim de 2027.

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, defende que nenhum jogador é inegociável. Além disso, o entendimento no bastidor é de que não há como segurar Villasanti em caso de uma proposta que também agrade todas as partes.

"Não vai ser fácil (o negócio), realmente não vai ser fácil, especialmente para o mercado interno. Mas vamos fazer tudo que for necessário. Essa é mais uma conquista do talento paraguaio, outro motivo de orgulho nacional: um paraguaio sendo capitão de um time tão importante como o Grêmio", concluiu Bittar, na rádio paraguaia.

Se acertar a venda por 10 milhões de euros, o Grêmio teria grande lucro, já que pagou US$ 3,5 milhões (R$ 18,3 milhões, na época) ao Cerro Porteño por 80% dos direitos econômicos de Villasanti. Por outro lado, o time perderia uma peça fundamental do time, além de ir na contramão do pedido de Gustavo Quinteros.

Em 2024, Villasanti atuou em 49 partidas, com quatro gols e três assistências. No Paraguai, ele foi campeão nacional em 2020. Desde que chegou ao Grêmio, o volante foi tricampeão gaúcho (2022, 2023 e 2024) e conquistou a Recopa Gaúcha de 2023, mesmo ano em que foi eleito melhor volante do Brasil no prêmio Bola de Prata.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.