Abel Ferreira elogiou a equipe do Palmeiras depois da vitória por 2 a 1 sobre o RB Bragantino, e o treinador português acabou se rendendo à atuação do garoto Estêvão.
Perto de ser negociado com o Chelsea, o atacante de 17 anos deu muito trabalho aos defensores adversários, construiu a jogada do primeiro gol palmeirense e por muito pouco não fez um gol de placa no Allianz Parque.
“É um miúdo espetacular, um miúdo que todo mundo gosta, tem dois pais maravilhosos. Essa geração é incrível, o Endrick, o Estêvão, o Luis [Guilherme]. Dois deles já não estão mais aqui, mas fico feliz por ter contribuído de alguma forma para o crescimento deles”, iniciou Abel.
Este menino é de todos nós, e conto com a vossa ajuda [imprensa] também. Dizer só que ele jogou bem e para continuar focado, a atacar e defender como ele tem feito muito bem. Desfrutem enquanto ele estiver aqui, porque esse moleque faz maravilhas. E pronto. Só peço para que ele mantenha o foco - Abel Ferreira.
Outras respostas de Abel Ferreira
Dudu
Ele esteve lesionado há 10 meses, está num processo [de retorno]. Está próximo da reestreia dele, eu entendi que hoje não era o cenário ideal, um jogo muito dividido, intenso, pegado. Mas está disponível para nos ajudar, está próximo. É só isso que tenho para lhes dizer.
Melhor jogo no Brasileirão
Eu acho que as três equipes tiveram muito bem, o Palmeiras entrou muito forte no jogo, uma belíssima primeira parte, 16 finalizações, uma pena que não traduzimos nosso volume ofensivo. A eficácia é fundamental no futebol. Do outro lado, um adversário muito bem treinado, com muita intensidade, fresco e leve, com um dia ou dois a mais [de descanso]. A intenção de entrar forte era para não deixar o jogo ir para um nível mais físico, e a gente poderia sofrer no segundo tempo. Não foi um jogo picotado, as duas equipes olharam para o gol do adversário. Sem dúvida nenhuma nós deveríamos ter chegado ao intervalo com o jogo resolvido. O futebol é assim, o adversário na segunda parte arriscou um pouco mais, sofremos o gol, o futebol é assim mesmo. Eu não estava chateado, mas frustrado, por causa de tamanho volume.
Elogios a Anderson Daronco
O árbitro também foi muito bem, esse é o Daronco que eu estou acostumado a ver. O quarto árbitro também teve uma conduta muito boa. O Palmeiras ganhou, mas foram três belas equipes. O Bragantino não fala publicamente, mas certamente tem ambições de títulos internamente. Ano passado brigou com a gente.
Volume ofensivo
Cada jogo é um jogo diferente, e para haver uma boa dança, é preciso um bom par. O Bragantino tem uma filosofia de jogo parecida com a nossa, os jogadores sabem o que querem, o que fazer dentro de jogo. (…) Eu não faço gols, eu não chuto. Eu nunca falho, vocês não me veem falhando. O volume foi muito grande, jogadas belíssimas, como a do Estêvão. Também tivemos momentos de pressão, com Rony, Veiga. Eu sei que eles não querem falhar, eu só tento a passar para vocês a importância da eficácia no jogo. Os protagonistas são os jogadores.
Trabalho coletivo
Eu quero que vocês tenham certeza de uma coisa: eles trabalham muito. O maior dessa equipe é o treino, o trabalho. Ele falhou uma ou outra na primeira parte, e ele se cobra muito. Eu gostaria de chamar atenção a respeito de uma coisa. Vocês viram o que o Willian, ex-Corinthians, falou no Bola da Vez? Eu peço com carinho que vocês jornalistas possam comentar com cuidado e atenção tudo o que ele disse do futebol brasileiro. É muito triste ouvir um jogador dizer que nunca tinha se lesionado, mas com a pressão feita [se lesionou]. No futebol, só um pode ganhar. Isso interfere tanto na vida dos jogadores, e aquilo fica na cabeça, parece que não sai nada [dos jogadores]. É demasiado e violento para todos nós, jogadores, treinador, presidente. E aqui todos querem ser campeão. Mas só um vai ganhar.