Os Donos da Bola

Endrick revela que já sofreu racismo e fala com orgulho de ser negro

O jogador defendeu a luta contra o racismo e disse que vai aprender libras para se comunicar com as pessoas que possuem deficiência auditiva

Da Redação

O atacante Endrick, de 17 anos, falou no Os Donos da Bola sobre os conselhos que recebeu de sua mãe para não se importar com o racismo. Em entrevista ao Craque Neto, à turma do programa e à repórter Gabrielle Guimarães, a joia do Palmeiras revelou que já foi vítima de racismo.

“Já sofri [racismo], mas minha família sempre esteve comigo”, declarou Endrick, que diz receber o conselho da mãe para ignorar eventuais ofensas.

“Minha mãe sempre me fala o que eu devo fazer. Ele fala como exemplo: se um garoto sofre bullying na escola e ele não liga, as pessoas verão que não está afetando ele. E mina mãe fala a mesma coisa com racismo. Eu sou negro mesmo e não tenho que esconder isso. Eu realmente não ligo, porque sou negro e não tenho vergonha de mostrar”, continua o jogador.

“Quanto mais eles fizerem isso [ofensas racistas], mais eu vou rir da cara deles. E uma coisa que eu não vou parar é a luta. Estou junto com o Vini [Jr, do Real Madrid, vítima de racismo na Espanha], com o Rodrygo [também do Real Madrid], com todas as pessoas”, afirmou Endrick.

“Podem fazer gesto para mim, me xingar daquele animal que vocês sabem... Não vou ligar, e creio que eles vão ficar mais bravos comigo”, completou.

Língua de sinais

Endrick também contou que vai começar a aprender Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Ele quer se comunicar com as pessoas com deficiência auditiva.

“Foi uma ideia que eu sempre tive por que eu gosto de me comunicar com todo mundo que realmente gosta de mim e teriam pessoas que não conseguiriam se comunicar comigo, não conseguiriam me ouvir, então, eu poderia fazer um esforço. Isso me ajudaria não como jogador, mas como pessoa, porque minha mãe me transformou em um homem de respeito”, concluiu Endrick.

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