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Organizadas do Corinthians protestam contra contratação de Cuca

Cinco das mairoes organizadas do clube se manifestaram contrárias ao novo treinador

Da Redação

Organizadas do Corinthians protestam contra contratação de Cuca
Pedro Souza / Atlético MG

Anunciado na tarde da última quinta-feira (21), como novo treinador do Corinthians, após a saída de Fernando Lázaro, Cuca chegará ao clube do Parque São Jorge pressionado. Isso porque cinco das maiores torcidas organizadas do clube já se manifestaram contra a sua contratação.

Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e a Fiel Macabra publicaram comunicados oficiais em suas contas nas redes sociais protestando contra o acerto entre o Corinthians e o treinador.

As manifestações contrárias à contratação de Cuca são pela  condenação do treinador por por atentado ao pudor com uso de violência contra uma menina de 13 anos, em Berna, na Suíça, em 1987. Apesar de condenado, o treinador nega que tenha cometido o crime.

“Viemos a público manifestar nossa total repulsa a uma das maiores vergonhas que o Corinthians acaba de nos impor, que é a contratação desse treinador. Nossa história jamais pode aceitar uma pessoa com um crime hediondo (condenado em julgado) e que não cumpriu sua pena de 3 anos, entre seus quadros de funcionários”, diz trecho da nota da Camisa 12.

Cuca foi condenado por estupro? Entenda o caso

A polêmica com Cuca teve início em 1987, quando ainda era jogador e o Grêmio participou de uma excursão pela Europa.

Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi foram detidos na Suíça sob a alegação de terem tido relações sexuais com uma garota de 13 anos sem consentimento.

Em depoimento, a vítima, Sandra Pfäffli, afirmou ter ido com amigos ao quarto dos atletas para pedir uma camisa do Grêmio. Na sequência, eles teriam expulsado os colegas dela e a forçado a manter relações sexuais durante 30 minutos.

De acordo com apuração do blog da Marília Ruiz, do “UOL”, consta nos registros policiais e nos autos do processo que a vítima jamais identificou ou apontou Cuca como um dos seus agressores.

À época, os quatro jogadores ficaram detidos por quase um mês e prestaram depoimento mais de uma vez. Em seguida, retornaram ao Brasil.

Dois anos depois, Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência.

Fernando Castoldi foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, eles nunca cumpriram a pena.

Cuca nega estupro:

Não fui julgado e culpado. Fui julgado à revelia, não estava mais no Grêmio quando houve esse julgamento com os outros rapazes. É uma coisa que eu tenho uma lembrança muito vaga, até porque não houve nada. Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, [não houve] tentativa de abuso ou coisa assim - disse Cuca em entrevista ao blog da Marília Ruiz no UOL.

Vale reiterar que consta nos registros policiais e nos autos do processo que a vítima jamais identificou ou apontou Cuca como um dos seus agressores.

 

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