Os mascotes são marca dos Jogos Olímpicos de Verão desde que passaram a acompanhar cada edição das Olimpíadas, a partir de Munique-1972. Neste ano, por exemplo, as Phryges foram escolhidas para representar Paris-2024.

Os mascotes olímpicos surgiram em 1968, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Grenoble, na França. O primeiro da lista é o Shuss, escolhido pelo Comitê da edição de inverno em questão, que é um homem em esquis, nas cores vermelha e azul.

Nos Jogos de Verão, Waldi foi a primeira mascote oficial. Ela representou a edição de Munique-1972 e, por isso, está na história das Olimpíadas.

De lá para cá, os mascotes passaram a ser parte fundamental na promoção da Olímpiada, cada um deles pensado exclusivamente no país-sede, com características históricas e culturais e os valores defendidos pela edição dos Jogos.

A seguir, confira uma lista com mascotes memoráveis na história dos Jogos Olímpicos de Verão. 

1. Waldi, Munique-1972

Waldi foi a primeira mascote oficial na história dos Jogos Olímpicos de Verão. Ela promoveu a edição de Munique-1972, e foi escolhida por ser da raça de um cachorro bem popular na Bavária, o Dachshund. A mascote tem a cabeça e rabo na cor azul claro, e seu corpo comprido tem listras verdes, azul e laranja, que compõem algumas das cores dos arcos olímpicos.

A mascote tinha até uma versão em carne e osso: o cãozinho Cherie von Birkenhof. Uma outra curiosidade é que a rota da maratona da edição de 1972 tinha o formato da mascote, com o início da prova sendo no pescoço do animal, de acordo com o livro “Maratona Olímpica”. 

2. Sam, Los Angeles-1984

Sam é a incorporação da cultura norte-americana, criado em uma colaboração com a Disney, mas não foi a primeira opção para ser o mascote dos Jogos de Los Angeles-1984.

A ideia era ser um urso, símbolo do Estado da Califórnia, mas a ideia não foi para frente pois o animal já tinha sido escolhido para promover os Jogos de Moscou.

O mascote é uma águia-careca, que veste uma cartola nas cores da bandeira do país-sede e com os arcos olímpicos, além de gravata borboleta listrada.

3. Cobi, Barcelona-1992

Em 1992, o Comitê Organizador Olímpico de Barcelona decidiu que o cão-da-montanha dos Pirineus seria o mascote ideal para os Jogos de Barcelona. Desenhado pelo artista Javier Mariscal, Cobi é um cãozinho de raça espanhola e francesa, com traços humanizados. 

A criação do mascote fez tanto sucesso que Mariscal também ficou responsável pela arte na Cerimônia de Abertura. Além disso, Cobi ganhou uma série de animação com 26 episódios, com intuito de promover os Jogos.

4. Phevos e Athena, Atenas-2004

Atenas-2004 resgatou a mitologia grega nos nomes e nas histórias dos seus dois mascotes: Phevos e Athena. O primeiro é uma segunda opção de nome para Apolo, o deus da luz e da música. Já Athena é a deusa da sabedoria e a protetora da cidade de Atenas. A escolha delas partiu da ideia de relacionar a Grécia Antiga aos Jogos Olímpicos da Era Moderna. 

Os mascotes são uma típica boneca terracota, as "daidalas", que possuem forma de sino e são datadas do século 7 a.C.  Phevos veste uma túnica azul, que representa a cor do mar e o emblema dos Jogos, enquanto Atenas veste laranja, em memória ao sol. Os dois simbolizam os valores Olímpicos.

5. Vinícius, Rio-2016

Vinícius surgiu como uma homenagem ao poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes. O mascote da Rio-2016 é uma mistura de vários animais da fauna brasileira, e representa a diversidade do povo brasileiro, a cultura e a natureza. O público teve uma participação importante na escolha do nome do mascote, que poderia ter sido Oba e Tiba Tuque. 

Ele é reconhecido entre os mascotes pelo carisma único e 'jeitinho' brasileiro. Na cerimônia de encerramento, chegou a desfilar ao som de garota de Ipanema, com o vestido usado por Gisele Bündchen na abertura.