Baby se despede de Olimpíadas e agradece: 'Acho que o judô fez muito por mim'

Rafael Silva caiu logo na estreia da categoria mais de 100 kg e sobe ao tatame pela última vez na disputa por equipes

Por Vinícius Batista

A Olimpíada de 2024, em Paris, marca o fim da trajetória de Rafael Silva como atleta olímpico.

A despedida acontece neste sábado (3), na disputa por equipes. Um dia antes, na última luta individual, Baby perdeu para o azeri Ushangi Kokauri logo e foi eliminado no primeiro combate da categoria mais de 100 kg em Paris-2024.

Ao deixar o tatame nesta sexta-feira (2), o próprio Baby reconheceu que poderia ir mais longe. Mas tentou não se abater para tentar se despedir com um bom resultado no fim de semana.

“É triste encerrar minha participação individual aqui com derrota na primeira rodada. Acho que eu tinha potencial para conseguir ir mais longe, treinei muito para isso. É uma pena, mas faz parte do jogo. Estou feliz, grato por ter tido a oportunidade de lutar minha quarta Olimpíada, e acho que o judô fez muito por mim, sou muito agradecido por isso. Quero agradecer a torcida de todo mundo, acho que o Brasil todo torceu. É uma pena esse resultado”, lamentou Baby.

Ao longo da carreira, o sul-matogrossense conseguiu duas medalhas olímpicas, em Londres-2012 e na Rio-2016, ambas com o bronze na categoria mais de 100 kg. Mesmo sem conseguir repetir o feito em Tòquio-2020 e Paris-2024, tem motivos para comemorar a própria trajetória.

“Falando em Jogos Olímpicos, sim, é minha última participação. Agora é colocar a cabeça no lugar. Amanhã tem (disputa) por equipes, que é importantíssimo. Acho que o Brasil tem bastante potencial para poder buscar essa medalha. É uma pena encerrar minha quarta Olimpíada com uma derrota, mas curti muito o processo. A carreira toda fui feliz, com muitos resultados, algumas derrotas, e acho que o judô me ensinou muito isso. Só tenho a agradecer tudo isso, esse processo de ser um atleta olímpico. A beleza esta nesses valores todos que eu aprendi com essa caminhada”, analisou.

Aos 37 anos, Baby espera que a história que fez em Olimpíadas possa inspirar futuros atletas da modalidade.

“Quanto mais gente a gente puder impactar com o esporte, é bom demais. Eu comecei assistindo à galera nas Olimpíadas, e para mim é uma grande honra ser um atleta olímpico, poder ser um pouco de inspiração para essa nova geração. Espero que a gente possa trazer cada vez judocas, cada vez mais atletas para as modalidades olímpicos”, concluiu.

Tópicos relacionados

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.